quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sites prefeituras de Petrolina e Juazeiro fora do ar

ESTAMOS EM MANUNTEÇÃO
Ao acessar o site da prefeitura de Petrolina/PE, o internauta, contribuinte e que também pode ser um eleitor da cidade tem o desprazer de ver a mensagem “estamos em manutenção” logo abaixo da nova marca do governo Julio Lossio (PMDB), que tem o slogan “as pessoas em primeiro lugar”.

Pela ausência de conteúdo no site, parece não se fazer jus a frase.

Quem pensar que tal privilegio é apenas do internauta petrolinense está totalmente enganado. A vizinha Juazeiro/BA também navega pelo mesmo oceano.

A diferença é que o site da prefeitura de Juazeiro não apresenta a nova marca e nem slogan. A imagem não passa de alguns dedos em cima de um teclado e uma frase seca: “sistema em manutenção”.

Tentando entender todas as dificuldades que as duas gestões vem passando em apenas um mês de trabalho, ainda assim, é complicado para o contribuinte que precisa acessar o site na busca pelos serviços prestados pelas prefeituras.

Esperar um novo layout da página pode ser uma perda de tempo para o contribuinte que quer informações hoje.

E se assim o for, a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes/PE, que tem um histórico de tragédia administrativa municipal a mais de 12 anos, e que se pode dizer que Petrolina e Juazeiro são fichinhas diante dos escândalos desse município, hoje é um exemplo a ser seguindo (pelo menos em termos de internet...)

A nova gestão de Elias Gomes (PSDB) colocou as informações no site “velho” ressaltando que em pouco tempo o novo site entraria no ar, com muito mais serviços etc, etc....

Só a título de registro: para o contribuinte o que vale é a informação e a satisfação da prestação do serviço. Pouco relevante será a “cara” publicitária que o site vai mostrar se em termos de conteúdo nada tem para expor.

Assim, é bom lembrar que a facilidade para encontrar os dados no site e a transparência na administração municipal podem ser o diferencial dessas gestões que tem ainda 4 anos de atividades a serem prolongados ou não por mais 4 anos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Registro: Exposição fotográfica


O blog indica a exposição fotográfica “Cotidianos: uma re-visão do olhar de Euvaldo Macedo Filho” .

A temática é documental e jornalística registrada por este fotografo juazeirense no período de 1975 a 1982.

A curadoria da Galeria é composta pelo fotojornalista e professor, Flávio Ciro, e os alunos de Jornalismo em Multimeios da UNEB, Cecílio Bastos e Silvana Costa.

Euvaldo é o primeiro de uma série de exposições fotográficas de cunho jornalístico exibido a partir da inauguração desse Mural.

Além da exposição inaugural, será exibido ainda o curta-metragem “Santa”, sob a supervisão e comentários do produtor cultural Chico Egídio. O filme é composto por imagens capturadas em Super-8 por Euvaldo e recuperadas recentemente.

Anote:
Exposição: Cotidianos, uma re-visão do olhar de Euvaldo Macedo Filho
Quando: 28 de janeiro a 19 de fevereiro/2009
Onde: UNEB/DCH III (Juazeiro/BA) – Canto de Tudo
Hora: partir das 18h
Visitação: Segunda a sexta das 14h às 22h; sábados das 14h às 18h

domingo, 25 de janeiro de 2009

Poesia pra gente ser feliz

RELÓGIO DE PONTO

Alberto da Cunha Melo

Tudo que levamos a sério
torna-se amargo.
Assim os jogos, a poesia, todos os pássaros,
mais do que tudo: todo o amor.

De quando em quando faltaremos a algum compromisso na Terra,
e atravessaremos os córregos cheios de areia, após as chuvas.

Se alguma súbita alegriare tardar o nosso regresso,
um inesperado companheiro marcará o nosso cartão.

Tudo que levamos a sério torna-se amargo.
Assim as faixas da vitória, a própria vitória,
mais do que tudo: o próprio Céu.

De quando em quando faltaremos a algum compromisso na Terra,
e lavaremos as pupilascegas com o verniz das estrelas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Perfil José Nivaldo Junior

Empolgado, sempre sorridente, apaixonado pelo que faz e com o discurso de quem conhece a política nas entrelinhas. Assim pode ser definido o perfil do publicitário José Nivaldo Junior. Zé Nivaldo para muitos.

Bacharel em Direito, mestre em História, diretor de uma agencia de marketing político (não poderia ser diferente) e escritor nas horas vagas (se é que existem...).

Zé Nivaldo vem, desde 1975, trabalhando para governos e fazendo campanhas eleitorais pelo Brasil a fora.

Em seu portfolio, entre tantos nomes que passaram pelo crivo desse marketeiro perfeccionista, podemos citar Tancredo Neves, Miguel Arraes, Carlos Wilson, Leonel Brizola, Marco Maciel, José Múcio, Cristovam Buarque, João Paulo, Marta e Eduardo Suplicy, Paulo Maluf, Anthony e Rosinha Garotinho e João da Costa.

Em julho de 2007, Zé Nivaldo concedeu uma entrevista para este blog, falando um pouco dos escândalos políticos do governo PT em nível nacional e as consequências em termos de partido.

Sem esquecer esta cicatriz, na entrevista de hoje o tema passa ainda por este caminho e entra pelo marketing político.

No entanto, Nivaldo Junior evita fazer projeções para eleições de 2010 já que segundo ele, está muito longe.

O resultado você confere abaixo.

POLÍTICA x POLÍTICA com José Nilvado Junior

Blog Teresa Leonel - No seu livro “Maquiavel o poder” você define o poder como a única forma eficaz encontrada pela sociedade humana para viabilizar sua reprodução e sua sobrevivência (Ed. Martin Claret, p.26). Isso explica por que muitos candidatos a cargos políticos mesmo tendo riqueza e prestigio precisam se mostrar para se firmarem no poder?

José Nivaldo Junior - Riqueza, prestígio e poder andam atrelados em termos de classes sociais, de controle do aparelho do Estado. No entanto, na democracia, geralmente os eleitores não votam em candidatos que são, eles mesmos, expressões do poder econômico.
O candidato que já é rico, que é visto como tal tem, não apenas, que se mostrar, mas convencer o eleitorado de que representa a melhor opção para beneficiar o povo. E isso, convenhamos, não e tarefa fácil. Pense bem: nos últimos 25 anos, qual o milionário que já se elegeu presidente da República, governador de São Paulo ou de Pernambuco?

BTL - Com sua experiência em campanhas eleitorais, qualquer pessoa não midiática, digamos assim, pode ganhar uma eleição em função de uma boa estratégia de marketing político?

JN – O que ganha ou perde eleições, fundamentalmente, é a política. Se o candidato não midiático representar o desejo do eleitorado, provavelmente vencerá. Uma boa estratégia de marketing político ajuda, sem dúvida. Às vezes, em disputas muito equilibradas, pode ser o fator decisivo.

BTL - E falando em marketing político, como se explica o índice de aceitação do presidente Lula a despeito de todas as questões éticas e morais estreladas durante os seus governos? Lula é maior do que o PT?

JN – São duas perguntas. Começo pela segunda. Lula é, hoje, um dos 20 líderes mais influentes do mundo. Governa com uma federação de partidos, portanto seu governo é maior que o PT. Porém, sem o PT, qual seria o tamanho de Lula? O índice de aceitação de Lula decorre de suas políticas sociais e do altíssimo grau de identificação com o povo. Ninguém fala a língua do povo como ele.

BTL - “Nunca antes na história desse país” houve um presidente como Lula? O que Lula tem que não se achou em Juscelino Kubitschek ou Getúlio Vargas (depois do período ditatorial) ou Fernando Henrique, por exemplo?

JN – Getúlio e JK foram grandes presidentes, num modelo desenvolvimentista. Ambos mudaram a face do País. FHC cumpriu o papel de inserir o País no mundo globalizado.
E Lula é Lula. Um operário, retirante da seca, de família extremamente popular que chega à presidência, assume o papel de pai dos necessitados com programas e ações que nunca tinham alcançado a dimensão atual. Então, na visão do proletário no poder, encaixa-se a frase que é verdadeira, embora às vezes soe um pouco exagerada.

BTL - Mesmo com toda aceitação da população, por que Lula não conseguiu “eleger” alguns prefeitos em cidades importantes como Petrolina? A que você atribui tal fato?

JN – Cada eleição tem um perfil, que tende a ser nacional. Nessa eleição de prefeito (2008), o que prevaleceu foi a vontade do povo de continuar as gestões aprovadas, com a reeleição dos prefeitos ou dos candidatos indicados por eles. Lula só elegeu prefeitos onde seu apoio coincidiu com esse fator decisivo. E como sempre, existem as exceções. Petrolina foi uma delas. A briga interna do partido no poder, com a indicação de um candidato que não expressava a continuidade, abriu caminho para a brilhante vitória de Lóssio.

BTL - Em função do efeito Lula, sua candidata à presidência, Dilma Rousseff, tem chances de ganhar a confiança do eleitor brasileiro?

JN – Sem a menor dúvida. Caso Lula chegue em 2010 forte, caso o povo queira a continuidade do seu mandato, o candidato que ele apoiar será fortíssimo. Será mais forte quanto maior a identificação pessoal com o presidente. E isso, quem demonstra, até o momento, é a ministra Dilma. Aproveito para dizer que a viabilidade de Dilma não será medida por índices de pesquisa e sim por avaliação política. Vou citar apenas 2 exemplos: João da Costa (PT), no Recife, e Gilberto Kassab (DEM), em São Paulo, estacionaram na casa de um dígito, nas pesquisas, até bem próximo da eleição. E ganharam.

BTL - Que outra opção do PT nós temos à presidência?

JN – Repito: se Lula estiver forte, se o povo optar pela continuidade, qualquer candidato do PT será forte, principalmente se tiver identidade com Lula.

BTL - O bolsa-família e todos os derivados desse pacote podem ser considerados a grande estratégia política do governo Lula?

JN – Sem dúvida. Os programas sociais constituem a base da identidade popular do governo Lula. Porém não se deve desprezar a política econômica. Pode-se concordar ou discordar, mas foi ela quem garantiu a credibilidade internacional que o governo brasileiro alcançou na era Lula.

BTL - O Brasil tem hoje 27 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral. No entanto, apenas três, PMDB, PT e PSDB, definem as estratégias eleitorais. De que forma isso ajuda num processo democrático?

JN – Não concordo com a formulação da pergunta. PT e PSDB têm estruturas que permitem o lançamento de candidaturas nacionalmente viáveis e podem concorrer à presidência. O PMDB é um partido parlamentar, com fraca coesão interna e força em muitos Estados. É o fiel da balança. Os demais partidos cumprem seus papéis, gravitando em torno do PT e PSDB, quando se trata da disputa nacional.

BTL - Por que os partidos políticos no nosso sistema não são fortalecidos?

JN –
O Brasil nunca teve partidos fortes. No século XX, dois períodos ditatoriais golpearam as estruturas partidárias. Acrescente-se que os partidos vivem, no mundo inteiro, uma certa crise de identidade. Porém, se você olhar o quadro, desde 1984 construímos partidos fortes, expressivos, alguns com perfil nacional executivo, outros com perfil legislativo, outros que funcionam como uma confederação partidária. Eu considero que este processo está levando o quadro partidário brasileiro a um fortalecimento e a um perfil muito interessante.

BTL - As pessoas votam em nomes e não nos partidos? Isso não enfraquece as agremiações?

JN –
As pessoas votam em circunstâncias. Os nomes, os partidos que expressam as circunstâncias, ganham o voto. Não concordo com a visão corrente de que o quadro partidário brasileiro esteja se enfraquecendo. Tem muita coisa para ser feita, muito para ser conquistado, porém o processo avança de modo satisfatório, a meu ver.

BTL - As eleições municipais são diferenciadas em relação à eleição presidente/governador/deputado. No entanto, as estratégias de campanhas estão sempre atreladas aos próximos pleitos. Como explicar isso?

JN – Discordo da pergunta. É verdade que, em alguns casos, são montadas estratégias de campanha com um olho no futuro. Eu mesmo já fiz isso. Vou citar apenas um exemplo: a campanha de Marta Suplicy (PT) para governadora de São Paulo, em 1998, foi montada visando à vitória à Prefeitura em 2000. Mas geralmente não é isso que acontece. Cada eleição é uma eleição, essa é a regra que prevalece.

BTL - Apesar da ausência explícita de carisma do atual prefeito do Recife, João da Costa (PT), a popularidade de João Paulo (PT) empurrou com força sua campanha. Podemos dizer que João Paulo é também uma expressão de mito?

JN – João Paulo é hoje uma liderança metropolitana consolidada e um pólo de poder no Estado. Ainda não é um mito, embora seja forte candidato. A eleição de João da Costa combina três fatores: a aprovação de João Paulo, o desejo de continuidade e as qualidades do candidato.
A mídia subestimou, e alguns setores ainda subestimam João da Costa. Ele é um quadro qualificadíssimo. Conhece o Recife como ninguém e tem uma visão técnica aprimorada do processo urbano. Surpreendeu como candidato e vai surpreender como prefeito.

BTL - Sem querer entrar nos bueiros da política, quais os nomes que podem ser ressaltados como candidatos ao Senado e a Governo de Pernambuco?

JN – Ainda é cedo para tratar de 2010. O governador Eduardo Campos (PSB) é um nome fortíssimo para a reeleição, se não for convocado para uma missão nacional. Jarbas Vasconcelos (PMDB), se resolver entrar na disputa, é muito forte, como fortes são Marco Maciel (DEM) e Sérgio Guerra (PSDB) para o Senado.
Agora, vamos aos que estão sem mandatos: João Paulo (PT) encabeça a lista. E temos Armando (Monteiro) Neto (PTB), José Múcio (PTB), Fernando Bezerra Coelho (PSB), já cogitado na mídia. Além de vários outros que não quero citar para não esquecer alguém.

BTL - Pegando carona nas eleições de 2008 quais os seus trabalhos em marketing político para 2010?

JN – Eu não escolho clientes. Os clientes é que me escolhem. Por enquanto, não tenho qualquer compromisso para 2010.

BTL - O que faltou eu perguntar e você responder? Tem alguma coisa a dizer que ainda não saiu na imprensa?

JN – Se faltou não me lembro. Não saiu na imprensa a saudade que eu tenho dos nossos papos ao vivo. Mas o blog ameniza isso. Pelo menos, lhe leio.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Blog de cara nova...

Caro blogauta,

Aproveitei o inicio do ano para mudar as cores do blog.
As análises, as criticas e os cuidados com os textos continuam o mesmo.
Também continua da mesma forma o respeito a você blogueiro e blogauta que passam por aqui diariamente para espiar blogautamente o que o blog tem de novidades.

É isso aí...jornalismo levado a serio.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Lossio e Isaac: o começo de uma gestão

Todo começo de gestão é sempre muito difícil, sobretudo para governos que não são sucessores.

Cada um no seu quadrado, tanto Julio Lossio (PMDB-Petrolina) como Isaac Carvalho (PCdoB-Juazeiro/BA), tem um caminho a percorrer.

No entanto, o discurso é sempre o mesmo: Ausência de recursos, “estamos arrumando a casa”, “ta tudo muito complicado”, “não sabíamos disso, nem daquilo” e “não tivemos acesso a determinadas informações”.

Desconfianças à parte é preciso, sim, ficarmos em alerta. Afinal, em política o discurso de ontem serve perfeitamente para hoje.

Juazeiro até pode dizer que está vivendo momentos diferentes. Afinal, na bipolaridade entre Misael Aguilar (PMDB) e Josefe Bandeira (PT) a entrada de Isaac Carvalho mudou o cenário partidário.

Sim, partidário. Porque política brasileira na horizontal é tudo igual só muda os partidos e as figuras, mas o discurso é perpetuado.

Em Petrolina, com Lossio, não houve uma mudança de cenário e sim uma releitura de uma personificação política dos Coelhos. O que não quer dizer que não possa vir algo novo.

Na retórica de Juazeiro a ênfase é a mudança. Em Petrolina a visão é para “cuidar das pessoas”.

Como tudo ainda é muito recente, por via das dúvidas, melhor aguardar um pouco mais sobre os ajustes administrativos e as ações a serem empregadas nas duas gestões.

Dessa forma poderemos fazer uma melhor leitura das tendências futuras.

O resultado? As urnas de 2012 dirão.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Outdoor: a mídia preferida dos políticos

Foto: Blog Teresa Leonel

Parece mesmo que o marketing político veio para ficar e “nunca antes na história desse país” se usou e abusou tanto da propaganda externa como nos últimos tempos.

Entre tantas alternativas midiáticas a tabuleta do outdoor reina absoluta. A peça tem sido instrumento de relevância comunicacional de ex-candidatos, políticos atuais ou futuros postulantes ao cargo para fazer frente ao eleitor-alvo (ou não).

Demonstrando uma intimidade com o cenário urbano os outdoors políticos trazem temáticas diversas que vão desde os resultados de votações, participações beemmm longe em projetos sociais, educacionais ou na área de saúde, passando por agradecimentos de amigos que geralmente não assinam a peça.

Também existem as exceções. Uma delas, exposta na foto acima, traz um significado especial. Afinal, o senhor Julio Torres é fiador de toda população petrolinsense quando assume o compromisso (por escrito) de nunca esquecer os feitos (ou não) do ex-prefeito Odacy Amorim (PSB).

Com todas as mazelas da gestão Amorim vindo à baila, parece mesmo que Petrolina não vai esquecer as obras de um prefeito que tinha pressa em inaugurar e pouca calma para concluir.

Independentemente de qual seja o resultado a peça outdoor tem sido uma testemunha dos discursos não praticados por muitos políticos.

As tabuletas estão sendo instrumentos de uma comunicação direcionada que medem forças com outros meios de comunicação deixando de forma subliminar questionamentos a serem aprofundados.

E de outra maneira as peças também apresentam poder e demarcam territórios eleitorais para 2010 e 2012.

Quem votar, verá.

Poesia pra refletir

Poema em linha reta
Fernando Pessoa(Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Odacy e sua gestão

Foto: Divulgação

Político vive de imagem. A imagem está atrelada ao discurso, à prática, a coerência e aos projetos desenvolvidos durante a gestão.

Esse é um texto que deveria servir de base para todos os políticos antes ou depois de uma administração.

O recado vai para o ex-prefeito Odacy Amorim (PSB) que se exauriu para fazer uma gestão pomposa e saiu arranhado em quase todos os sentidos no quesito obras de infra-estrutura: leia-se camelodromo e asfalto afundando. Só pra citar alguns exemplos.

Vale pontuar também, despesas assumidas durante a gestão e empurradas com a barriga para próxima. É bom lembrar que isso não é um privilegio só de Petrolina. Na vizinha cidade de Juazeiro-BA o caminho foi o mesmo com Misael Aguilar (PMDB).

E Jaboatão dos Guararapes/PE? Bom... o desmando por lá é histórico....

Agora temos a certeza que alguns prefeitos dessas e outras cidades não estão postulando (por enquanto) voltarem em tão pouco tempo à cena do crime, ou melhor, a cena política.

No caso de Odacy, sim. A marca do “trabalho e a cidade cresce” era a proposta fincada pelo ex-prefeito para consolidar uma imagem a posteridade visando uma nova empreitada política.

Com a imagem arranhada, exposição negativa na mídia (xiiii... isso é o pior...), explicações não efetivadas... o que esperar da oposição para uma próxima eleição?

Tudo isso vem à baila. O povo está mudando e escolhendo. Em uma campanha, o resultado avassalador nas urnas não garante bis numa próxima eleição.

Duvidam? Estão vejam o exemplo do Sargento Quirino (PDT) e do professor Ruy Wanderley (PSL). Em 2004 foram os dois vereadores mais votados na eleição e em 2008 não conseguiram nem a suplência.

Há muito mais coisas entre os candidatos e as urnas que a nossa vã imaginação não pode alcançar.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O povo quer saber...

Quando será que a Avenida Tancredo Neves (em Petrolina) será consertada?

Os buracos que a Compesa abriu serão fechados?

O lixo acumulado em várias áreas da cidade será retirado?

Renan Calheiros: o retorno

Foto: Eduardo Nicolau /Dida Sampaio/Felipe Barra - AE


Voltando a história de que todo político é corrupto... claro que tem as exceções (o difícil é achar...), o então ex-quase-cassado senador Renan Calheiros (PMDB) continua com a bola toda.

Se valendo que o povo brasileiro tem a memória curta (a imprensa tem que continuar fazendo seu papel de fiscalizador e ouvidor) o então aprendiz de Don Juan está trabalhando nos bastidores para voltar aos holofotes midiáticos.

Cheio de cartas na manga, Renan conversa e conversa com seus pares e inimigos de carteirinha para mostrar o poder que ainda tem mesmo no ostracismo da grande imprensa.

Quem não se lembra que no final de 2007 os olhos marejados de Calheiros quase revelava sua tristeza ao renunciar à presidência do Senado em troca da manutenção do seu mandato?

Em 2008 foi o ano do silêncio, ou melhor, das negociatas. Renan deve voltar no próximo mês (fevereiro/2009) como líder da bancada do PMDB no Senado.

Ah!... É sempre bom lembrar que o PMDB é aquele partido que não tem posição, nem ideologia e que está em todos os governos de esquerda ou direita (se é que ainda existe isso aqui no Brasil!!!).

No momento é tudo que Renan mais quer. Voltar a ser procurado como fonte e resgatar a tão perdida dignidade (ele já teve alguma vez??) que nem mesmo sua agressiva aparência consegue suplantar.

Voltando a questão da corrupção, vamos entender ou pelo menos maquiar o modo como vemos os nossos políticos.

Afinal, o que tanto sabe Renan que o deixa numa situação privilegiada?

Além dos desvios de verbas, ausência de moral e decência, apadrinhamentos e outras mazelas já expostas na mídia, o que ainda falta para ser desvendado?

Com a resposta Renan Calheiros.

O homem/político que teve uma amante (Mônica Veloso) que abalou a República, o Congresso, levou a Casa a bancarrota e ainda assim não caiu.

Ficou de pé e colocou um monte de gente (comprometida) em suas mãos.

Parece que isso se chama poder.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Férias curtinhas...

Caros colegas blogautas,

Estou em Tamandaré... são poucos dias... vou voltar logo...
Estou numa lan house e passei rapidinho só para postar este recado para vocês.

Daqui, leio, apenas através do jornal (apenas um jornal mesmo), coisas e coisas sobre Petrolina e Juazeiro...

No retorno (volto próxima semana), aguardem novidades no blog.

Uma entrevista com um dos maiores marketeiro político do Nordeste. A temática? Eleições 2010.

Vale a pena esperar. Saudade de todos.

O que é? O que é?

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...