sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O silencio dos esquerdistas



Resolvi entrar no debate dos professores Cosme Santos e Josemar Pinzoh em relação aos principais personagens, José Dirceu e José Genoíno, envolvidos no chamado Escândalo do Mensalão (2005), do governo Luis Inácio Lula da Silva.

Digitando os nomes dos dois no “pai de todas as palavras” e conexões desse planeta, o Google, você se depara com tudo de mais recente que existe sobre a temática Mensalão, Supremo Tribunal Federal e o mais “novinho” dos termos, os tais “embargos infringentes”.

O que o professor Cosme Santos quase chama de “passado glorioso” e histórico dos dois personagens parece soar distorcido em relação a tudo que estamos vivenciando, hoje, através da chamada grande mídia e especificamente (prefiro ficar com essa ala) os estudiosos do caso, a exemplo de Antonio Vila, historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos/SP.

Para os que não viveram (ao vivo e em cores) os tempos de chumbo (eu me incluo no contexto) e não são estudiosos da história política/social do nosso país, achar alguma coisa que nos leve a conhecer o real significado desses personagens durante uma época especifica, não é tão complicado assim.

Detalhe: podemos buscar através do pai das palavras e conexões (repetindo): o Google. E, claro, os livros, que retratam muito bem esse período histórico (1964/1985) e posterior desdobramento com as Diretas Já (1984) e finalmente a eleição de Lula (2003/2006/2010), o 1º presidente metalúrgico, que foi pobre, é nordestino, veio da base sindicalista/metalúrgica e foi legitimado pelo voto do povo. Outro acervo quase infinito de informações são as dissertações e teses sobre a temática encontradas nas universidades.

Navegando por esse universo de dados podemos ter um resumo geral da importância desses dois, digamos assim, “representantes da democracia” brasileira.  Verificamos suas lutas, desafios, organizações e estratégias (até plástica/mudança de nome e tudo mais) para conquistar o tão sonhado sistema democrático de direito.

Essa história/memória nunca poderá ser apagada. Nunca. No entanto, faremos aqui um divisor de águas. Antes dos personagens entrarem no PODER e depois de se embriagar (literalmente, também) com ele.

Longe de parecer aqui a baluarte da verdade e conhecedora das entranhas políticas desse sistema, penso que seria infinitamente impossível, absolutamente irreal, fantasmagoricamente incompreensível que as negociatas realizadas e todo o dinheiro (reconhecidamente circulante por todos envolvidos no processo) do Mensalão, acontecessem sem o conhecimento e, orientação e sobretudo aprovação de José Dirceu e o acompanhamento de José Genoíno.

Todos os intelectuais, militantes, apreciadores e apaixonados pelo PT sabem  perfeitamente (e falam) que o Zé sempre foi centralizador, estrategista (pra não dizer maquiavélico) e “comandava” (comanda?) com mão de ferro o partido, e basicamente todos os associados (inclusive as alas que divergem).

Todos comentam abertamente sua soberba em relação ao poder com a qual ele se vangloria. Este é o modus operandi de ser do Zé. Todos sabem o quanto ele é determinado e um “trator” para fazer valer a sua vontade, que se pode dizer até que seja pela tal “luta democrática”, desde que a perpetuação do poder (jamais a alternância) seja estabelecida.

Assim sendo, pensar que esses personagens embrenhados no sistema político estabelecido na nossa democracia possam ser “inocentes”, “não sabem de nada” e que tudo isso é fruto de uma “mídia golpista”, é abusar demais da nossa tolerância cerebral.

Qualquer um que entre na máquina não passa isento desse sistema político. Caso contrário é engolido por ele. Não existe exceção. Se existiu, já morreu!

Não acreditar que o Zé tenha envolvimento com toda essa articulação/negociata financeira é o mesmo que aceitar que a intelectualidade do Marco Willians Camacho, mais conhecido como Marcola, jamais o levaria a comandar o maior núcleo do narcotráfico brasileiro com conexões internacionais, o PCC (1º Comando da Capital). Qualquer semelhança estrategista do Zé com este elemento... é mera coincidência.

O que transformou o Zé e manchou sua memória, sua história de luta de classe pela tão sonhada democracia foi a embriaguez pelo poder. Maquiavel pode explicar muito melhor...mas isso é outra história.

Ainda que a grande imprensa não seja na sua totalidade a verdade absoluta dos fatos, ela tem colaborado, sim, com toda a sociedade. Ela tem exercido o seu maior papel: ser a ouvidoria do cidadão.

Faz sentido a gente recordar que não foi a imprensa que desvendou o Mensalão (inclusive ela andou a reboque de). Foi exatamente um dos pares (na época) do Dirceu, o deputado Roberto Jefferson, que jogou a bomba no colo da sociedade.

Daí, o silêncio dos esquerdistas...todos estão atônicos. Nunca esperavam que tudo isso fosse acontecer ...pelo menos não esperavam que quase tudo fosse descoberto.


Acreditar na inocência desses personagens é também acreditar na existência dos Duendes, Papai-Noel, Chapeuzinho Vermelho, Mula sem cabeça, Homem Aranha, Super Homem...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eu voltei...agora pra ficar...

Olá meu povo,
Comecei a escrever em blog desde 2007. O perfil traçava uma crítica a mídia, falava de política local (Recife/Petrolina/PE-Juazeiro/BA) e nacional entre outras coisas...digamos assim, mais robustas. “Bombava” em varios editoriais de rádio por aqui em Petrolina. Daí faltou fôlego pra manter o conteúdo no dia-a-dia já que não vivo de blogar e preciso trabalhar muiiiiiito pra continuar....

Agora voltei. Fiz umas mudanças pontuais e coloquei tudo numa panela de barro pra ficar mais gostoso. Um texto bem mais leve...de forma coloquial para que “dona Maria que mora no Quidé” (bairro da periferia de Juazeiro /BA), meu personagem favorito (que sempre estou lembrando), possa entender tudinho, tudinho.

“Pessoas, coisas, tudo mais...” fala disso. Das pessoas que fazem essa paisagem chamada pelos “entendidos” de sociedade e das coisas que ajudam (ou não) a gente a viver dentro dela. 

Afinal, um dia quero fazer só isso:.escrever romances, livro-reportagem, ir pra academia de ginástica fazer musculação (amo....) e vez ou outra passear pela orla mais linda do NE, a do Recife, claro!

Espero que vocês gostem!!!
Ps. Os posts do blog anterior migraram pra este...oh! tecnologia abençoada...
peguem o endereço do novo blog: http://www.pessoascoisasetudomais.blogspot.com/



sábado, 9 de outubro de 2010

Fragmentos midiáticos 28 | Reserva moral na Câmara Federal

Foto: Divulgação

"Perfeito ninguém é. Mas honesta toda pessoa de bem tem a obrigação de ser".
José Antônio Reguffe (PDT-DF).
Deputado Federal com a maior votação proporcional do País – 18,95% dos votos válidos (266.465 mil) no Distrito Federal.

O que fez como deputado distrital?

Abri mão dos salários extras que os deputados recebem, reduzi minha verba de gabinete, eliminei 14 vagas de assessores de gabinete. Por mês, consegui economizar mais de R$ 53 mil aos cofres públicos, um dinheiro que deveria estar na educação, na saúde e na segurança pública. Com as outras economias, que incluem verba indenizatória e cota postal, ao final de quatro anos, a economia foi de R$ 3 milhões. Se todos os 24 deputados distritais fizessem o mesmo, teríamos economia de R$ 72 milhões.

(Entrevista IstoÉ - Ed. 2135 de 09|10|2010 - leia aqui)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Paixão pelo cinema X livros 2 | O Leitor

Na Alemanha pós 2ª guerra mundial, uma história de amor começa pontuada por uma paixão onde idade e tempo não importam. Michael (vivido por David Kross, quando mais jovem, e por Ralph Fiennes, como mais velho) tem 15 anos e conhece Hanna (Kate Winslet) 21 anos mais velha.

Nasce uma relação entre os dois, marcada pela descoberta do sexo e da literatura. Ao longo de meses o casal repete o ritual de banho, leitura e sexo. Repentinamente Hanna desaparece. Oito anos depois, ele (estudante de direito) a encontra em meio a um julgamento de mulheres que trabalharam no campo nazista de exterminio de judeus. O 1º amor de um homem ficou marcado pelo resto da vida...sempre um passado a esconder e a lembrar.

O Leitor nos leva a refletir sobre a vida, o amor, a vergonha e a piedade.







- Do diretor dos aclamados Billy Elliot e As Horas, Stephen Daldry.

- O Leitor é o livro alemão mais aclamado desde O Perfume e foi traduzido para mais de 30 idiomas.

- Autor do livro: Bernhard Schlink

*Premiações

- Ganhou o Oscar de Melhor Atriz (Kate Winslet), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.

- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Kate Winslet), além de ser indicado nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor e Melhor Roteiro.

- Ganhou o BAFTA de Melhor Atriz (Kate Winslet), além de ter sido indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.

*Curiosidades

- A 1ª opção do diretor Stephen Daldry para a personagem Hanna Schmitz era Kate Winslet, que não pôde aceitá-la devido a conflitos de agenda com Foi Apenas um Sonho (2008).

- Nicole Kidman foi então contratada para o papel, com o início das filmagens sendo adiado devido às filmagens de Austrália (2008). Entretanto Kidman teve que desistir do papel, devido à sua gravidez.

- Juliette Binoche esteve cotada para interpretar Hanna Schmitz.

- Após este atraso Kate Winslet já estava disponível para as filmagens e, com isso, acertou sua presença no filme.

- As filmagens ocorreram entre 2 de março e julho de 2008.

- Os produtores Sydney Pollack e Anthony Minghella faleceram antes da conclusão de O Leitor.

- O orçamento de O Leitor foi de US$ 32 milhões.

_____________________

* Ficha técnica
Genero: Drama
Duração: 123 min.
Origem: EUA, Alemanha
Direção: Stephen Daldry
Roteiro: David Hare, Bernhard Schlink
Produção: Imagem Filmes
Ano: 2009


PS. Amo esse ator e essa atriz. Acho um par perfeito para uma história de amor.Vale a pena ler de novo e ver o filme (DVD) de novo...

Paixão pelo cinema X livros

Amo cinema e livros e quando a linguagem se mistura aí é que eu amo mais ainda...
1) O Jardineiro Fiel
Autor: John Le Carre

Editora: Best Bolso
Assunto: Literatura Estrangeira / Ficção de Suspense e Ação
Sinopse: O livro conta a história de Justin Quayle, um diplomata inglês e jardineiro amador nas horas vagas.

Justin e sua mulher, Tessa, vivem na África. A esposa do diplomata parece ser o seu oposto. Conhecida como a Princesa Diana dos pobres africanos, Tessa é uma raridade - uma advogada que acredita na justiça.

Durante uma missão misteriosa, a jovem inglesa é assassinada brutalmente perto do Lago Trukuna, no norte do Quênia. Seu companheiro de viagem, um médico que trabalha junto a ONGs internacionais desaparece da cena do crime sem deixar vestígios.

Com isso, Justin parte em uma odisséia pessoal na busca dos responsáveis pelo assassinato e da verdadeira história de sua própria esposa.



O filme
Título Original: The Constant Gardener

Gênero: Drama
Origem/Ano: EUA-UK/2005
Duração: 129 min
Direção: Fernando Meirelles