segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Perpetuação do poder

Av. Angelo Sampaio - prox. Shopping River Foto: Blog Teresa
Petrolina amanheceu o domingo com uma tabuleta nova de outdoor em traço com uma frase: "Odacy, eu gostaria de votar em você!" Nada seria novo se o então prefeito Odacy Amorim (PSB) fosse de fato candidato.

Do ponto de vista publicitário, a peça traz uma série de elementos associativos ao momento político a exemplo das cores utilizadas, posicionamento do outdoor, o período de exposição (uma semana antes da eleição), além da frase, é claro.

O discurso não deixa dúvidas da ausência de apoio de uma das forças políticas da região ao candidato Gonzaga Patriota (PSB) que discordando ou não foi legitimado na convenção do partido para disputar a prefeitura de Petrolina.

Tudo poderia ser natural se não estivéssemos contando com um reduto eleitoral onde historicamente os Coelhos, de um lado ou de outro, definem os rumos políticos da cidade e mostra os ditames eleitorais de acordo com seus interesses.

Um exemplo dessa assertiva é a nota da coluna Pinga Fogo, de Inaldo Sampaio, do Jornal do Commercio, veiculada neste domingo (28/09/08 p. 4, Política).

Diz a nota:

“Confirmando-se a vitória do médico Júlio Lossio (PMDB) para a prefeitura de Petrolina, o secretário Fernando Bezerra Coelho (PSB) vai comandar a oposição na cidade e preparar o filho, Fernandinho, para 2012”.

Nada é extraordinário na afirmação uma vez que numa campanha política ninguém trabalha apenas o hoje. O desenho do amanhã tem que ser planejado enquanto se constrói as ações do momento.

Também são naturais numa disputa política os embates e as divergências de pensamento sobre desenvolvimento, crescimento estrutural do município e o que de fato se espera de uma gestão publica.

Nada contra nem a favor de qualquer que seja a representação política, o que a sociedade deve questionar é até que ponto as mudanças vão acontecer em beneficio da coletividade.

De um lado, uma opção de mudança atrelada a uma série de outras ações e alimentada pela força da comunicação através de uma concessão de rádio. Do outro, um discurso de uma nova alternativa para uma cidade que cresce urbanamente, inclusive, até mesmo de forma desordenada. Nesse lado há um pano de fundo que reporta um passado não muito longe.

O questionamento, então, passa por uma análise profunda sobre as políticas publicas planejadas, implantadas e atuantes no município onde verdadeiramente a população menos favorecida tenha vez.

E uma outra forma de pensar este momento é que tipo de democracia estamos construindo. Livre de amarras e com possibilidades de escolha entre os candidatos que demonstram compromisso com uma gestão participativa.

Daí sim, percebermos a dificuldade que o eleitor tem diante das poucas opções apresentadas nesse pleito.

Candidatos correm para o dia “D”

Finalmente o dia “D” está chegando. Falta apenas uma semana... e o alivio começa a tomar conta das pessoas.

Ninguém agüenta mais o carro de som nas alturas que passa nos bairros todos os dias. A tal equipe de rua que não trabalha por amor ao candidato e gosta (e como gosta....) de afixar adesivos nos portões dos moradores e colocar 'santinhos e mais santinhos' na caixa do correio...

As brigas veiculadas nos rádios e o direito de resposta entre candidatos. A pauta todos os dias é a mesma: eleições. Ninguém merece...

Ah! Nem acredito que não teremos de assistir diariamente (exceto no domingo) o teatro comedia dos vereadores na busca por um voto do eleitor. As cenas hilárias de gestos, expressões, personagens que participam dos guias e figuras que falam pelos candidatos.

Os clips dos postulantes à prefeitura que demonstram o “V” da vitória como certa e nem imaginam o que ainda pode acontecer. As narrativas dos guias já entraram na corrida do desespero. É tudo ou nada.

Discurso agressivo, xingamento de um, rasgação de seda pra outro, emoção diante da câmara, exaltação ao nome de Deus, convocatória para o dia “D”...

No dia 05 de outubro de 2008 alguns serão confirmados e aceitos pelo povo para assumir funções de vereança, exercício, inclusive, que poucos dos que entram na Câmara de Vereadores conhecem. Outros não chegam nem de perto ao tal quociente eleitoral.

Para prefeitura, apenas um será escolhido (ainda bem que é apenas um... se fosse mais que isso...imaginem as dificuldades!).

Por último, se tratando de eleições municipais, sobretudo numa região quente como Petrolina e Juazeiro, ainda restam alguns dias para se jogar lama no ventilador. Tirar a carta da manga. Fazer revelações bombásticas que podem virar uma campanha de cabeça pra baixo... acreditam?

Até o dia “D”, muita água ainda pode rolar por baixo da ponte...


domingo, 28 de setembro de 2008

Escândalos de campanha


É impressionante perceber o quanto estamos longe de sermos uma real democracia. O exercício do voto que legitima uma eleição ainda é distorcido e visto como moeda de troca.

Esse triste exemplo do santinho acima, do município de Casa Nova, é uma prova cabal de que a tal participação social está em poucas cidades e que ainda temos uma trajetória de grandes lutas para instigar as práticas educacionais, sociais, interrelacionais no processo de transformação do homem sujeito da sociedade.

A imagem retrata uma viagem ao passado nos grotões, currais eleitorais na época do domínio da cana-de-açúcar, bem diria Gilberto Freire.

Pode parecer cômico, mas é totalmente trágica uma cena como esta. Um candidato usar de artifícios de manipulação, demagogia e falta de respeito com o eleitor para se dizer capaz de administrar um município.

O que se pode esperar de uma administração como essa?

Vamos de poesia... Tom Zé

Só (Solidão)

Tom Zé

Solidãoque poeira leve
solidão
olha a casa é sua

Na vida quem perde o telhado
em troca recebe as estrelas
pra rimar até se afogar
e de soluço em soluço esperar

O sol que sobe na cama
e acende o lençol
Só lhe chamando
Solicitando

Solidão
que poeira leve
Solidão
Olha a casa é sua
O telefone chamou
Foi engano

Solidão
Que poeira leve
Solidão
Olha a casa é sua
E no meu descompasso
O riso dela

Se ela nascesse rainhase o mundo pudesse agüentar
os pobres ela pisaria
e os ricos iria humilhar.
Milhares de guerras faria
pra se deleitar
por isso eu prefiro
chorar sozinho.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Cartazes de candidatos nas ruas

Ainda sobre o Monumento da Integração, vulgo Monumento da Besteira, e em função dos cartazes dos candidatos (inúmeros) espalhados no entorno da obra, virou “Monumento das Besteiras”... é de se questionar como pode as autoridades competentes não fiscalizarem o uso e o abuso do espaço publico na afixação das propagandas políticas?

É preciso esticar bem o pescoço dentro do carro para fazer o contorno ao redor do monumento em função das inúmeras tabuletas de todos os tamanhos espalhadas no local.

Considerando que na reta final da campanha o desespero dos candidatos aumenta, vão chover cartazes ‘embelezando’ o espaço que não é propriedade dos políticos/candidatos e sim da sociedade.

Mas como as “otoridades” não fazem nada. Eles tomam “de” conta do espaço.

As perguntas que não calam nunca…


Por que será que todo o político em época de campanha abraça e beija tanta gente na rua, coloca crianças nos braços, aperta as mãos de todas as pessoas e fala com o “povo” como se tivesse muita intimidade?

E por que será que depois da eleição estas cenas praticamente nunca acontecem?

Ainda pra entender, por que será que muitos políticos dizem ser amigos de berçário do presidente Lula como se isso afiançasse a sua gestão em atender melhor à comunidade?

E mais... por que só agora, exatamente em época de campanha, algumas obras engavetadas saíram da caixa como um passe de mágica?

Alguém pode responder? O povo quer saber.

Outras perguntas que não querem calar...


Por que será que tantos candidatos a vereadores mudam de palanque e de apoio ao futuro prefeito como mudam de roupa?

E quais as razões dos tais candidatos falarem tão mal da comida que saboreou enquanto estava do outro lado?

Ah! E mais, por que alguns candidatos a vereadores não verbalizam apoio ao prefeito da coligação a qual eles pertencem?

Se explicar, o povo fará o possível pra entender!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Marketing político na reta final



Faltando pouco mais de 15 dias para o pleito, o cenário da campanha eleitoral dá o tom da mesmice. Baixaria no lugar de propostas, imagens repetidas de fatos isolados no lugar de trabalho a ser executado, discurso de culpabilidade para uns e amigos de berçário do presidente Lula, para outros.

O que é mesmo que os tais guias eleitorais para prefeito conseguem passar de mensagens para o eleitor? Sobretudo agora, na reta final?

Até mesmo uma criança do Ensino Fundamental, sem entender de técnicas de edição de imagens e texto, pode perceber a semelhança na formatação dos programas eleitorais de todos os candidatos.

Um personagem “ator” fazendo o papel de um ancora e apresentando diante das câmaras os benefícios do seu produto que é o candidato. Impostação de voz, gestos manuais semelhantes a jornalistas que apresentam uma revista eletrônica, olhar “seguro” diante do TP (teleprompt), figurino adequado e maquiagem impecável.

Na outra ponta os clips. Pessoas nas ruas, gesticulando, mostrando com as mãos o número do candidato, algumas imagens em câmara lenta, “o produto no meio do povo” abraçando velhinhas e crianças, beijando senhoras, mostrando a camisa e o rosto suados, em cima de cavalo, na carroça, na moto... O tom principal do clip: o testemunho do chamado “povo”.

O que temos de diferente em relação às campanhas anteriores? O que de fato os candidatos apresentam como projeto de governo?

Hegemonia, unidade, companheirismo e ideologia não fazem parte das campanhas, dos partidos e dos candidatos. Tanto faz estar no PT ou PCdoB, ou PDT, ou DEM, ou PSDB, PSB... o partido já era. Hoje o personagem candidato é muito maior do que agremiação.

Os conceitos ideológicos da política desceram de ralo abaixo e as proposições tão ventiladas pelos candidatos no inicio da campanha, morreram no meio do caminho.

Afinal, o poder é para poucos e aquele que melhor se sair como produto vendável chegará ao ápice: a gestão municipal.

Finalmente, estamos falando de política municipal ou de propaganda de creme dental veiculada na TV?

Com a voz os tais candidatos!

Só pra gente rir um pouco...




segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Estar, ficar e permanecer no poder


Ainda em 1999, José Nivaldo Junior, o então Zé Nivaldo, muito mais marketeiro político do que professor e publicitário, escrevia no Recife sua obra prima, Maquiavel, o poder - História e Marketing (Ed. Martin Claret, 168 pág.) levando pelas suas páginas narrativas que refletem ainda hoje a forma de se fazer política nesse país.

Com um texto afiado e uma experiência de dar inveja aos marketeiros de plantão, Zé Nivaldo é do tipo que passeia pelos conceitos do nunca mais lembrando Leonel Brizola, nas artimanhas de guerrilhas de Fernando Collor e aporta com muita tranqüilidade pelo discurso petista de ser do prefeito estrela do Recife, João Paulo.
Uma releitura dessa obra, sempre atual, nos faz pensar o que será dos candidatos que “ganharam” as eleições antes dela começar e hoje estão correndo atrás do foguete. A ficha caiu e a fila andou.
Numa região como Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), por exemplo, onde se respira política e se come desaforo é no mínimo estranho, ou melhor, histórico uma eleição tão cheia de variáveis imprevisíveis.

“Nunca antes na história” dessas duas cidades se viu tanta perda de controle de reduto eleitoral que se faz repensar o que é mesmo que o poder gera nesses candidatos.

Daí porque trazer a memória esta obra de Zé Nivaldo. Quando ele apresenta o discurso de Maquiavel que coloca suas representações na fortaleza dos seus súditos, se explica então quão vulnerável está aquele que busca estar no poder.

“A fortaleza é útil, mas não é decisiva, pensa o autor. Pode-se dizer, portanto, que a melhor fortaleza é construída com o afeto dos súditos, pois as fortificações não salvarão um príncipe odiado pelo povo.” (Junior, 93)

Ainda pontuando o discurso de permanecer no poder a narrativa do livro mostra que um príncipe deve evitar, na medida do possível, ficar na dependência de outro: “Deve ter a cautela de jamais fazer aliança com um mais poderoso que ele para atacar os outros... porque, vencendo torna-se seu prisioneiro”. (Junior, 94)

E pra não deixar de falar das estratégias contagiantes o autor explica que nas “épocas propicias do ano, distrair o povo com festas e espetáculos e dar atenção particularizada às entidades e às associações...” faz toda uma diferença na contagem de votos.

Finalmente, são tantas caras e receitas. Discursos que beiram o ridículo... E nesse contexto ainda queremos falar de ideologia? Na representação histórica dos partidos?

Em quem é mesmo que estamos votando? Quais as possibilidades reais de mudanças?
Quem verdadeiramente está do lado da sociedade?
Quem souber, por favor, avise a todos.

domingo, 21 de setembro de 2008

Poesia

Pra não perder a sensibilidade, poesia em nós. Assim, vejam este obra de João Cabral de Melo Neto repassada para mim pela minha amiga Bet.


As nuvens
João Cabral de Melo Neto

As nuvens são cabelos
crescendo como rios;
são os gestos brancos
da cantora muda;

são estátuas em vôo
à beira de um mar;
a flora e a fauna leves
de países de vento;

são o olho pintado
escorrendo imóvel;
a mulher que se debruça
nas varandas do sono;

são a morte (a espera da)
atrás dos olhos fechados;
a medicina, branca!
nossos dias brancos
.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Profissão: prefeito*

Por que alguém quer ser prefeito? Longe de entender a verdadeira razão pela qual alguém quer ser prefeito de uma cidade, a complexidade da administração municipal parece não assustar, em nada, os que se dizem dispostos a fazer tudo “pelo povo e para o povo”.

Com discursos enfáticos, calorosos, poéticos, vibrantes e aglutinadores os políticos ou candidatos fazem da retórica a representação de uma verdade nunca “aplicável” na realidade.

Em sua maioria, os textos dos candidatos têm uma sonoridade espetacularizada entre a tragédia e a comédia. Fazendo caras e bocas saem narrando, interpretando, aumentando e diminuindo o tom da voz a depender da ênfase necessária a obra.

Percebe-se o quanto é importante apresentar uma infância perdida ou não, a relação com os diversos segmentos da sociedade, da cultura regional, com os bairros da periferia. Outros afirmam e reafirmam sua bandeira junto ao presidente Lula. Aliás, o nome mais citado e mais “candidato” do que os próprios candidatos.

Há uma necessidade logística do marketing político em insistir nesta tecla de que no palanque em que Lula estiver aí também estará o futuro prefeito.

Tem candidato do tipo "esquerda" que no passado um pouco distante, no começo de carreira, militou pela ARENA, partido que foi base de apoio do governo militar, e que depois virou PDS, um pouco adiante PFL e hoje DEM.

Há discurso que lembra a frase “já comi o pão que o diabo amassou” e ”hoje estou aqui, fazendo a diferença”. E que diferença!!

Na reta final para o dia 5 de outubro o desespero parece tomar conta de alguns candidatos que “ nunca antes na história” desse município esteve tão ativo em debates diversos. E agora tem presença confirmada. Tem também aqueles que estão construindo um espaço midiático para colher pontos nas eleições de 2010. Tem de tudo um pouco.

No entanto, resta ainda entender que governo assumirá a partir de janeiro de 2009, que aponte para um novo horizonte em Juazeiro, fazendo algo possível de ser realizado por uma gestão municipal, com políticas voltadas para o interesse da coletividade e não de uma minoria.

Quem votar, verá.

* Uma reflexão sobre o debate que aconteceu na UNEB, dia 16/09/08, com os candidatos a prefeito de Juazeiro-BA.

sábado, 13 de setembro de 2008

Brasil e a violência

País concentra 10% dos homicídios do mundo
Publicado em 13.09.2008
Jornal do Commercio

Estudo financiado pelo governo suíço revela que o Brasil contabiliza 48 mil dos 490 mil assassinatos ocorridos no mundo por ano. Algumas cidades do País têm índices de violência parecidos aos do Iraque

GENEBRA – Algumas das cidades mais violentas do Brasil têm o mesmo índice de homicídios que o Iraque, em guerra desde 2003. Os dados do Ministério da Justiça apontam que, em Vitória (ES), por exemplo, o índice é de cerca de 70 assassinatos por cada 100 mil habitantes.

Segundo um levantamento financiado pelo governo suíço sobre a violência no mundo, a taxa é equivalente à do país do Oriente Médio. Ontem, o estudo foi divulgado em Genebra na presença do ministro da Justiça, Tarso Genro, que participa da Conferência Ministerial de Exame da Declaração de Genebra sobre Violência Armada e Desenvolvimento. O relatório afirma que o Brasil tem quase 10% dos homicídios no mundo, com 48 mil mortes por ano.

No mundo, as vítimas de assassinatos chegariam a 490 mil por ano, número muito superior ao de mortes em guerras oficiais, como no Afeganistão, na Colômbia ou no Iraque. Pelos dados do levantamento, as guerras provocam anualmente cerca de 52 mil mortes.

“A situação da violência no Brasil é corrosiva. A violência no Brasil hoje é um sério obstáculo ao desenvolvimento do país”, afirmou Keith Krause, autor do relatório. A América do Sul, ao lado da África, são as regiões onde os homicídios apresentam as maiores taxas em todo o mundo. A média de Vitória, por exemplo, é dez vezes maior do que a mundial.

Em outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, a média é de 40 assassinatos para cada 100 mil pessoas. “Queremos em quatro anos chegar a níveis chilenos, de cerca de 15 por cada 100 mil”, afirmou Genro.

Segundo o relatório, a América Latina ainda é a líder no que se refere ao número de seqüestros por ano, com quase 700. O Brasil também aparece em situação crítica com relação a estupros. “Hoje, a violência armada é o quarto maior motivo de mortes no mundo”, afirmou Krause.

O que mais assusta os governos e especialistas é que países em guerra têm, na realidade, índices de mortes inferiores ao de países em crise de segurança.

“O impacto econômico da violência no mundo cresce e preocupa os governos que querem se desenvolver. O custo chega a US$ 160 bilhões por ano em produtividade perdida e outros fatores”, alertou Krause.

Celebridades sem maquiagem

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CONVITE


Empresas líderes de reclamações em PE

Pernambuco: Procon divulga lista com empresas líderes de reclamações
Publicado em 11.09.2008, às 18h21
Do JC OnLine

O Procon Pernambuco divulgou nesta quinta-feira (11) uma lista com o nome das empresas que mais desrespeitam o direito do consumidor. De acordo com o órgão, durante um ano foram registradas 739 reclamações. A listagem completa das empresas está disponível no site do Procon Estadual.

Ainda de acordo com o órgão , a iniciativa trata-se de um Cadastro Nacional, que será divulgado anualmente, sempre nesta data, que é comemorada o dia do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Para o coordenador geral do Procon, José Rangel Moreira, a lista tem o objetivo de alertar os consumidores. Além dos fornecedores que darão uma importância maior à qualidade dos produtos e serviços oferecidos, a fim de que não estejam incluídos na próxima divulgação.

Veja abaixo a lista das dez empresas com mais reclamações:

1° Gradiente Eletrônica - 138
2° LG Eletronics da Amazônia - 55
3° Nokia do Brasil - 51
4° WHIRLPOOL - 30
5° Semp Toshiba Informática - 24
6° Philips da Amazônia - 21
7° Juntai 661 Equipamentos Eletrônicos - 19
8° Banco Citicard - 19
9° Samsung Eletrônica da Amazônia - 19
10° Trade Center Comercial – 15

Campanha política em Portugal/2006


Qualquer semelhança com a nossa eleição... é mera, pura, inocência.....

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

As perguntas que não querem calar...



Por que os candidatos insistem em colocar santinhos e panfletos na caixa dos Correios de todas as residências sem pedir autorização?

Além disso, cola uma série de adesivos nos portões sem ao menos pedir licença... só na cara de pau...

Por que será que faz quase 4 anos e meio que as principais ruas e avenidas de Petrolina e também de Juazeiro viviam todo o tempo esburacadas com crateras de fazer inveja a própria lua e agora quase todas estão um tapete da Arábia?

Ainda sobre o asfalto, se o dinheiro existia por que só agora ele apareceu?

Quem é mesmo que pode responder estas perguntas?

UNEB realiza debate entre os candidatos a prefeito de Juazeiro


Da Equipe Eleições Municipais na pauta da Universidade

O Departamento de Ciências Humanas (DCH), Universidade do Estado da Bahia, realiza o debate As Eleições Municipais na pauta da Universidade, na próxima terça-feira (16/09), às 15h, no Auditório do Campus III, em Juazeiro.

O evento é promovido pelos estudantes do 4º período de Jornalismo em Multimeios com a coordenação da professora Andréa Cristiana Santos. O objetivo é promover o diálogo entre os prefeituráveis e a comunidade acadêmica, sociedade civil e jornalística da região. Os candidatos deverão esclarecer as propostas para a administração da cidade e debater temas de interesse público como educação, saúde, políticas pública, meio ambiente, infra-estrutura, cultura, turismo, economia, protagonismo juvenil, entre outros.

Todos os candidatos confirmaram a participação: Joseph Bandeira (PT), Misael Aguilar (PMDB), Roberto Carlos (PDT), Pedrina Ribeiro (PSOL), Wank Medrado (PRT) e Isaac Carvalho (PC do B).

Com o objetivo de preservar a democracia participativa, o debate está programado para ocorrer em dois blocos. No primeiro, grupo de seis estudantes fará perguntas aos prefeituráveis. No segundo, os candidatos irão fazer perguntas entre si, sendo que haverá um sorteio para definir a ordem de perguntas e respostas. Cada pergunta, será feita no tempo de noventa segundos, e dois minutos para resposta, com direito à replica e trépicla de um minuto cada.

O evento conta ainda com a Assessoria Jurídica, que avaliará o direito de resposta no caso de ofensas, calúnias e difamação. Não será permitido o acesso de pessoas com objetos sonoros alusivos, nem comunicação interpessoal ou por dispositivos de mídia sob pena de encerramento do debate. Entre os blocos, haverá intervalo de três minutos.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A imagem dos nossos políticos - Parte 2


Desgastada, sem credibilidade, objeto de desprezo, antipatia, raiva, impunidade, nojo, corrupção, demagogia...

Estas são algumas das características atreladas a imagem dos políticos brasileiros que inviabilizam a aceitação da campanha eleitoral. Junto a esse grupo de adjetivos, nada exaltador, está o modo pelo qual o candidato (a) se apresenta diante da câmara, nos folhetos, “santinhos” e nos cartazetes que emporcalham as esquinas, ruas e praças da cidade.

E pra não deixar de citar o fato sem exemplos, vamos a um bem pitoresco. O Monumento da Integração, que simboliza os bairros de Petrolina no seu processo de crescimento, em função da formatação arquitetônica é chamado popularmente de “Monumento da besteira”.

Hoje (período eleitoral agosto/setembro/2008), com a proliferação dos cartazetes dos candidatos espalhados ao redor do símbolo, seu nome foi transformado em “Monumento das besteiras”.

É natural e aceitável que a imprensa, a comunidade, o eleitor tratem a temática da eleição com humor criativo e sarcástico quando o assunto é a escolha de um representante político.
Historicamente, o Brasil sempre navegou pelas áreas da tragédia e comedia, desde a chegada dos portugueses a nossa terra, quando se trata de candidatos/políticos e campanhas eleitorais.
O preocupante nisso tudo é que são essas pessoas, uma parte delas, que serão validadas nas urnas e farão parte do processo administrativo da cidade. Algumas dessas pessoas, folclóricas ou não, estarão representando uma sociedade diante de um poder constituído legalmente.

Embora possamos gostar e nos divertir com o único momento de humor da TV brasileira, o horário do guia eleitoral dos vereadores, é preciso compreender que estamos legitimando figuras emblemáticas a participarem de um circo folclórico que nem de longe lembra o sentido real de ser de uma câmara de vereadores.

O pior nisso tudo é saber que essa classe de políticos construiu e derrubou a verdadeira imagem do representante do povo.

E agora, o que fazer?

Por que o Recife fede tanto 2?


Ruas sujas, bueiros à vista, água de esgoto minam pelas caixas que estão subterrâneas, mas deixam subir a fedentina que exala odores horrorosos perto de restaurantes e lanchonetes.

Outra cena dolorida é ver estas águas caindo rio Capibaribe a dentro... ver as palafitas e pessoas vivendo nelas dizendo ainda "sou gente"...

Este quadro não poderia ser do meu Recife.
O Recife que diz ser belo, lírico, poético, romântico, saudoso e sonhador. De uma arquitetura invejável e de ar bucólico imortal.

Recife, o que fizeram com você?

sábado, 6 de setembro de 2008

Slogans de candidatos

8º lugar - Guilherme Bouças, com o slogan:
'Chega de malas, vote em Bouças.'
7º lugar - Grito de guerra do candidato Lingüiça, lá de Cotia (SP).
'Lingüiça Neles!'
6º lugar - Em Descalvado (AL), tem uma candidata chamada Dinha cujo slogan é: 'Tudo Pela Dinha.'
5º lugar - Em Carmo do Rio Claro, tem um candidato chamado Gê.
'Não vote em A, nem em B, nem em C; na hora H, vote em Gê.'
4º lugar - Em Hidrolândia (GO), tem um candidato chamado Pé.
'Não vote sentado, vote em Pé.'
3º lugar - A cearense chamada Debora Soft, stripper e estrela de show de sexo explícito. Slogan: 'Vote com prazer!'
2º lugar - Candidato a prefeito de Aracati (CE):
'Com a minha fé e as fezes de vocês, vou ganhar a eleição.'
1º lugar - Em Mogi das Cruzes (SP), tem um candidato chamado Defunto:
'Vote em Defunto, porque político bom é político morto!'

Imagem dos nossos políticos




quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A TV que faz o que quer e bem entende

Quem fiscaliza a TV? Por que uma novela de 21horas, cujo horário tem uma classificação especifica, volta a ser repetida à tarde quando boa parte das crianças e adolescentes de todas as idades está em frente à TV?

Prova que não existe mesmo limite nessa questão de classificação de horário. O exemplo, hoje, é a volta da novela de Manoel Carlos, Mulheres Apaixonadas, da TV Globo, dirigida por Ricardo Waddington, veiculada pela primeira vem em 2003.

Escrita para um público adulto, o folhetim traz um enredo complexo, narrações reflexivas, temáticas violentas com ataques físicos e morais entre marido e mulher, ciúmes além dos limites, traições entre casais e, o que não poderiam faltar, cenas de sexos quase explícitos entre os personagens Luciana (Camila Pitanga), estudante de medicina e o médico César (Jose Mayer).

Mais uma vez, a sociedade se curva diante do poder da Vênus Prateada e nada reclama e questiona.

Afinal, se considerarmos que a novela é para os brasileiros a mesma representação que o cinema tem para os americanos, entenderemos que esta obra (aberta) é um canal indutor de conceitos, formas e modo de ser de uma sociedade.

Quando deixamos nossas crianças e adolescentes assistirem este tipo de novela, permitimos que elas vivenciem determinadas situações que podem ser postergadas do universo infanto-juvenil. Se não questionamos, concordamos com isso.

Temáticas que podem ser vistas em outro momento de maturidade. Absorver e refletir sobre essas questões faz parte da construção de uma estrutura societária, sem dúvida. Mas, pra que antecipar esse processo? Para esse público (infanto-juvenil) essas informações são desnecessárias nesse primeiro momento.

Ao se veicular o folhetim no horário das 21 horas, pai e mãe têm a opção de recomendar para seus filhos menores de 12 anos a não assistirem tais programações. Contudo, na medida em que esta programação é apresentada às 15 horas, deixa de ser “algo demais” para ser “algo comum” e, consequentemente aceita como ‘natural’. Afinal, é uma programação liberada para ser veiculada às três horas da tarde!(?)

Hoje, estamos consolidando mais uma vez a morte de uma nova sociedade que vai emergir a partir dessas crianças que apreendem conceitos, regras, normas e modo de ver a vida através da maior janela de comunicação: a televisão.

Dentro dela a construção de novelas que em sua maioria emburrecem, engessam e transformam seres humanos em meros espectadores de uma vida sem sentido, ilusória e imaginária. Algo que no cotidiano de muitas pessoas singulares está totalmente fora do contexto.

Repugnante também são as atitudes dos que deixam que isso passe desapercebidamente. Muitos pais estão pedindo socorro e a sociedade de amanhã vai agradecer por isso.