quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quando a imprensa não faz o seu papel

Durante o dia de ontem (20/05) a assunto em pauta na mídia local e até em nível estadual foi o estupro de uma aluna de Direito na Facape*, ocorrido por volta do meio-dia da segunda-feira (19), dentro de uma das salas da instituição, de acordo com as informações veiculadas.

Algo realmente digno de publicação pela mídia, indignação pela sociedade e providencias das autoridades cabíveis.

Até aí se pode entender. No entanto, alguns pontos ficam obscuros: A mídia cobre o fato e volta para a mesma história sem desdobramento e apuração.

1º Dados sobre exame médico pericial que comprove o ato e/ou fato consumado (estupro);

2º Uma declaração da delegada responsável pelo caso para informar as providencias encaminhadas e os próximos passos.

Até mesmo para que a matéria pudesse seguir em nível estadual era mais do que necessário o desdobramento dos fatos para melhor esclarecimento à população.

Quando a imprensa não faz o seu papel, perde a imprensa e a sociedade.


* Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Petrolina/PE

2 comentários:

  1. Acho muito importante termos em nosso cenário midiatico local um "observatorio da imprensa". Todos estamos passiveis de erro, até mesmo os que observam os erros dos outros.
    Todos os pontos levantados pela postagem foram averiguados. Mas não há como informar quando existem entraves ao trabalho dos jornalistas. A delegada da mulher, Requel Queiroz, não se pronuncia e nem fornece nota ou dados das investigações. Mas pensando nesse compromisso em informar, procuramos o delegado regional Glaucos Menck, que repassou algumas medidas tomadas pela polícia.
    No dia seguinte ao crime, já tinhamos as informações do ocorrido. Porém se tratavam de dados extra oficiais e por tanto a noticia foi passada com o cuidado de não agredir a vitima e nem ao menos a instituição. Foi cobrado apenas esclarecimentos a sociedade petrolinense, estarrecida com os rumores. Todos torciam para que não fosse verdade.
    Mas diante da confirmação do estupro a estudante, não poderíamos silenciar um fato dessa gravidade, afinal, esse é um dos compromissos assumidos com a sociedade. Acreditamos que a falta desses detalhes (importantes) citados na postagem não distorceram o contúdo brutal verificado diante da fragilidade na assistência a segurança das centenas de pessoas que transitam diariamente naquela unidade de ensino.

    Atenciosamente,

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  2. Concordo viu Teresa.
    O grande caso da cena fica voltado e registrado pelo fato de não ter existido se quer essa averiguação detalhada do acontecido, o que de fato veio mais a "contra-acessorar" a FACAPE, que hoje investe na propaganda do vestibular 2009.2, do que informar por eficiência de apuração.

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