sexta-feira, 29 de junho de 2007

O congresso é um teatro ou um circo? Ou as duas coisas? Parte 1

Algumas coisas precisam ser bem explicadas neste pais. O dicionário do Aurélio diz que teatro é um “edifício onde se representam obras dramáticas, óperas etc. Um lugar onde se passa algum acontecimento memorável; palco”. Em relação ao circo, o Aurélio diz em uma das definições que é um “recinto circular, coberto, cercado de lona, todo desmontável, onde se realizam espetáculos de acrobacia, equitação, equilibrismo, palhaçadas, habilidades diversas, e cujos artistas formam um conjunto itinerante”.
Agora que sabemos esclarecidamente as duas definições precisamos apenas escolher qual delas tem tudo a ver com a cara do Congresso Nacional.
Sim, porque respeitavel público o espetáculo de ontem (28) do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) diante de uma plateia com alguns gatos pingados, em torno de 10 senadores, mas onde os holofotes da TV Senado pôde capitar imagens emocionantes é de fazer inveja a muitos roteiristas de novelas globais e também recordais.. (TV Record).
Não.. não! Não vamos dizer que não ficamos emocioanados com uma histórinha belissíma pra boi dormir, ou melhor, bezerrinho dormir, depois de tão comovente cena.
A interpretação, o jogo de cintura, até mesmo o gaguejar, fazem parte do espetáculo, estão no roteiro... Além disso, a quase lágrima que queria correr pelo seu rosto entristecido, taciturno, abatido....
Oh! Qual emocionante foi este momento onde o discurso familiar de marido pra mulher, para os amigos mais íntimos, para seus pares mostrava um homem inocente.
Aquele pobre homem apenas pediu uma quantia a um grande amigo, Tarcísio Franklin, que por um acaso é o ex-presidente do Banco de Brasília. É um amigo de fé, camarada... amigo de tantos caminhos e tantas jornadas...
Poxa gente, temos que entender que o senador Joaquim Roriz queria apenas uma quantia simbólica para comprar uma bezerrinha e seu amigo do peito negociou com ele apenas R$ 2,2 milhões de origem não conhecida.
Calma gente! Não dá pra saber ainda de onde vem o dinheiro. Se até agora não sabemos de onde veio o dinheiro do Mensalão. Quanto mais desse novo escândalo do Roriz?
E foi só por isso que ele foi denunciado? Por conta das investigações da Polícia Civil do Distrito Federal na Operação Aquarela? E tem mais gente na história, hen!. No roteiro dessa novela consta a participação especial de Constantino de Oliveira, conhecido como Nenê, presidente do conselho Administrativo da Gol. Vamos aguardar os próximos capítulos!!!
Voltando ao showman do senador Roriz, depois do seu discurso contagiante, verdadeiro, honesto e decente, onde ele se diz ser inocente sobre todas estas acusações, Roriz se ajoelha e rezar na Catedral de Brasilia. Afinal, ele é muito católico e como ele mesmo se define: um homem temente a Deus.

Diante deste espetáculo, precisamos fazer uma grande campanha para mudança do nome do Congresso Nacional. Que tal Casa dos palhaços sinceros? (Com todo respeito a profissão de palhaço no circo de verdade). Ou então podemos chamar de Teatro dos horrores.

Nessa votação o que temos mesmo de fazer é mudar o que está aí para não deixar que novos corruptos com pita e discurso de decente assumam o poder e façam do congresso a casa de ninguém.

O congresso é um teatro ou um circo? Ou as duas coisas? Parte 2






O cenário de Petrolina para 2008

Recebi este artigo do amigo Bráulio Wanderley (http://historiavermelha.zip.net), professor, historiador, geógrafo, dirigente do Sindicato dos Professores de PE e militante do PT-PE. Como já falei antes, Bráulio é petista rooooxxxxxooo, mas tem um discurso, pasmem bem menos extremista dos que seus pares. O texto dele fala do cenário político de Petrolina para 2008. E é quente... vale a pena conferir.

Confuso o perfil eleitoral para as eleições locais do próximo ano. A reforma política, se sair, será válida para o pleito ou só em 2010? Isso pode ser respondido mediante à legislação eleitoral cujas regras só podem ser alteradas antes de um ano da eleição. Ou seja, se o congresso nacional não aprovar a reforma até o fim de setembro, as possíveis alterações só valerão para as eleições presidenciais.

Quanto às opções dos petrolinenses, seguem embates internos e indefinições. Odacir Amorim ou Gonzaga Patriota (ambos do PSB), quem será escolhido pela convenção municipal? Gonzaga, aparentemente, possui maioria e é presidente da legenda no município. O prefeito, não obstante, com o apoio dos Coelho, conseguiu diversas manifestações favoráveis à sua reeleição pelo diretório estadual com o argumento de que é uma gestão do PSB e que deve ser reafirmada. Vale lembrar que a chapa Fernando B. Coelho e Odacir Amorim era do PPS na última campanha e estava atrelada ao então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

No PT, ao que indica, a candidatura da deputada Isabel Cristina vai aos poucos se cristalizando, principalmente pela sua gestão na Codevasf (2003-2006) e a manutenção do seu superintendente Reginaldo Muniz frente a grande campanha dos Coelho para retomar este estratégico órgão federal. Falta à deputada ser mais presente no município e atender ao celular, reclamação constante de aliados e da imprensa.

Um cenário duvidoso é em relação ao vereador Quirino (PCdoB). Quirino foi o vereador mais votado da história de Petrolina com mais de 3000 votos, saiu do PSB após o retorno dos Coelho, abençoado pelo atual governador Eduardo Campos e sob o silêncio de Patriota. O vereador Quirino está, porém, isolado na legenda após o seu apoio à dobradinha feita entre ele e Carlos Wilson (PT) para deputados estaduais e federais, respectivamente, desgostando o PCdoB que esperava o apoio do vereador ao seu único candidato a federal Renildo Calheiros. Quirino pagou o preço de ser vetado nos guias eleitorais do partido e está em stand by sobre seu futuro: PT, PDT ou PTB? No PT teria que disputar com a deputada Isabel Cristina, no PDT com Gonzaga Patriota (a legenda está sob o controle do mano Geralvinho e é uma alternativa do deputado caso ele saia do PSB). Já o PTB de Armando Monteiro garantiria a Quirino uma boa estrutura de campanha, mas seria estranho vê-lo numa sigla sem referência ideológica e com a companhia de um Coelho, o deputado estadual Geraldo, rompido com o ex-deputado Osvaldo.

No campo conservador, especula-se pela enésima vez a possibilidade da empresária Patrícia Coelho estrear na política pelo DEM (ex-PFL). É ver pra crer. Quiçá Osvaldo Coelho não tente novamente uma empreitada como prefeiturável, tendo em vista que mesmo não sido reeleito, teve um espólio de 74.000 votos, sendo mais de 30.000 em Petrolina.

Outras opções menores, mas passíveis de alianças e acordos são os vereadores Paulo Afonso (PPS) e Ruy Wanderley (PSL). Além de terem votos em Rajada e dos evangélicos, respectivamente, suas legendas computariam alguns minutos a mais nos guias do rádio e da televisão, além de compor uma chapa de vereadores que possam servir de “calda” para os postulantes a renovação ou conquista de mandatos edis.
Você sabia que nós pagamos R$ 11,5 mil por minuto para manter o Congresso Nacional?

Em pensar tal fato vem uma vontade enorme de jogar uma bomba ali dentro pra começar tudo do zero. Força de expressão à parte, mas como explicar um país onde muitos morrem de fome e poucos continuam a tirar ainda mais dos que não têm para dar? De acordo com a ONG Transparência Brasil (link ao lado), o congresso brasileiro gasta R$ 11.545,04 por minuto com os 513 deputados e 81 senadores. Cada deputado federal (tadinho deles....!!!) tem um custo de R$ 6,6 milhões por ano. No senado, cada um dos nossos brilhantes representantes, leva do dinheiro público (nosso) R$ 33,1 milhões. O custo médio para manter os 594 larápios no poder sugando os nossos impostos é de R$ 10 milhões/ano. Assim como eu, a maioria dos brasileiros (quase que na sua totalidade) só conhece este montante pela leitura, pela TV... pelo rádio. Jamais viu um dinheiro desses em sua conta bancária (se é que a maioria tem conta em banco).

Diante deste quadro clínico onde o povo está na UTI e o comando geral projetando outras formas de sugar recursos, vale uma reflexão curta e simples: vamos votar nestes homens na próxima eleição? É impressão ou realmente tem alguma coisa errada neste país. Erro este que estamos deixando perpetuar de governo em governo. Muda governo, muda partido e tudo continua como antes. As gravuras são coladas em molduras diferentes, mas continuam sendo as mesmas gravuras.

Precisamos repensar este país. E tem que ser agora. Não podemos deixar para amanhã.
a) Temos que protestar.
b) Instigar e estimular a mídia a cobrir fatos e acompanhar, fazer o desdobramento.
c) Não deixar que os fatos caiam no esquecimento e fiquem impunes.
d) Cobrar dos que se dizem ser representantes do povo e que estão no congresso, nas assembléias, nas câmaras. Cobrar através de e-mail, cartas, cartazes e ameaças brancas e simplórias, tipo: na próxima eleição você não volta ao poder. Isso é tudo. Ponto.
e) Repassar tais informações para várias pessoas, amigos, imprensa e outros.
f) Conhecer e permanecer acompanhando os candidatos em tudo que eles dizem estar fazendo pelo “povo”.
g) Estimular o debate.
h) Não desistir, nunca.

Gente, a luta está só começando....

Vejam e pensem... isto é o Brasil...1




Vejam e pensem... isto é o Brasil...






quinta-feira, 28 de junho de 2007

Internet em 3o lugar

Parece que estamos começando mesmo a mudar o nosso hábito de leitura. Pela pesquisa da Sensus (divulgada dia 25) a internet já está em 3º lugar como meio de comunicação mais procurado pelos brasileiros. A pesquisa foi realizada em todo o país no período de 18 a 22 de junho de 2007, com 2.000 entrevistas. A margem de erro é de até 3 pontos percentuais.
Ufa! Que coisa boa. Meus alunos do Online é que vão gostar. Vejam o quadro.





A sociedade brasileira quer limites na TV?

Parece que a sociedade está mesmo disposta a dá um basta aos enlatados e projetos alienantes empurrados de goela abaixo nos telespectadores. Pelo menos é o que mostra os números da pesquisa da Sensus, realizada entre os dias 18 e 22 de junho de 2007, com 2 mil pessoas. O resultado foi surpreendente: 57,9% dos entrevistados aceitam a censura prévia na TV.

Sem entender este resultado como censura ditatorial, a sociedade parece estar cansada da apologia a toda nudez será exposta que as novelas apresentam, das traições dos relacionamentos, dos casamentos que nunca podem ser saudáveis têm sempre que aparecer uma mulher ou um homem para trair e trocar pares, da apologia a violência bem como da falta de criatividade nos textos que fazem da programação de TV (com raríssimas e honrosas exceções) algo dispensável para muitos já que contribui, em geral, de forma negativa na formação da sociedade.

Afinal, num país onde a TV deixa de ser um meio de comunicação, apenas, para ser o aparelho ideológico mais importante e formador da organização social, e onde não há opções de canais, o limite entre uma programação construtiva e interessante passa longe de ser o propósito principal das empresas de comunicação que detém as concessões. Até porque, a televisão é sim um meio educativo e gerador de conceitos, idéias, cultura e por mais que isso não seja o seu objeto de trabalho num país onde poucos têm acesso aos bens e serviços o cidadão é formado, em parte, por este meio. Se a TV tem a maior penetração na quase totalidade dos lares brasileiros é mais do que urgente repensar o conteúdo deste meio que deveria ter total compromisso em transformar a sociedade. Se assim não o for, algo violento está ocorrendo. Marilena Chauí diz que a “ violência é toda prática e toda idéia que reduza um sujeito à condição de coisa, que viole interior e exteriormente o ser de alguém, que perpetue relações sociais de profunda desigualdade econômica, social e cultural”. A TV faz ou não isso?

Dessa forma, o resultado dessa pesquisa parecer ser o “desespero” que chegou a casa das pessoas e numa forma de dizer “socorro, precisamos de ajuda”, a votação para o “controle”, digamos assim, da programação de TV é proporcionalmente correta no sentido de que algo tem que acontecer. Esperamos que de bom.






quarta-feira, 27 de junho de 2007

STJ - Unifenas terá que indenizar alunos por oferecer mestrado sem reconhecimento do MEC

Gente,

Recebi este material da minha amiga Noely Motta e não posso deixar de postar no blog. Sempre antenada, Noely traz uma informação importante sobre universidades que abrem e fecham não são regulamentadas e não têm compromissos com os alunos. Vejam a matéria.

A Universidade de Alfenas (Unifenas) terá que pagar indenização por dano moral no valor de R$ 6 mil a oito alunos. A entidade foi processada pelos estudantes porque ofereceu mestrado sem informar aos interessados que o curso não era reconhecido pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), nem pelo ministro de Estado DA Educação (MEC). A questão foi analisada pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não encontrou, no recurso apresentado pela Unifenas, OS requisitos necessários para a análise do mérito (questão principal do processo). A decisão é unânime e segue o entendimento DA ministra Nancy Andrighi.

O valor DA indenização foi fixado pelo Tribunal de Alçada de Minas Gerais (TA/MG), que reconheceu a existência dos prejuízos morais sofridos pelos estudantes, “diante DA frustração de suas expectativas de recebimento do título de mestre”, afirma. Para o tribunal mineiro, a autonomia universitária não retira do Poder Pública a atribuição de controle e fiscalização dos cursos oferecidos por essas instituições, evitando a criação de cursos sem garantia de qualidade e eficiência.

O abandono do mestrado foi outra questão analisada na decisão do TA/MG, que negou aos alunos o suposto direito de interromper o curso e o pagamento das prestações. Foi concedida, apenas, a redução proporcional do preço do montante que será apurado em processo de liquidação de sentença.

A questão chegou ao STJ em recurso especial interposto pela Unifenas na tentativa de anular a decisão de segundo grau. Em sua defesa, alegou que não poderia ser culpada porque o reconhecimento do mestrado seria responsabilidade do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais e não DA Capes. Pediu a redução DA indenização e reclamou de ofensa ao artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), afirmando que o direito estaria prescrito porque representaria “vício do serviço prestado”, caso em que o prazo decadencial (para exercer o direito) é de 90 dias.

Ao analisar a questão, a relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, não acolheu todos OS argumentos DA universidade. A questão DA competência para validar o mestrado foi afastada por ausência de prequestionamento, por não ter sido abordada no recurso apresentado ao Tribunal mineiro. A ministra considerou moderado o valor DA indenização, diante DA frustração dos estudantes que se inscreveram no mestrado com o objetivo de conquistar novas oportunidades de trabalho no meio acadêmico.

Quanto à discussão sobre a aplicação do CDC, a ministra Nancy Andrighi destacou que o caso não trata de defeito do serviço oferecido (no caso o mestrado), mas DA não-prestação do que foi contratado. Em seu voto, ela destaca diversos precedentes do STJ que classificaram casos semelhantes ao atual como “responsabilidade contratual decorrente de inadimplemento absoluto”. Para a magistrada, “é forçoso reconhecer que uma simples especialização sem validade perante outras instituições de ensino não pode ser considerada um serviço do mesmo gênero, porém de menor amplitude, que um mestrado reconhecido”.

O voto DA ministra foi pelo não-conhecimento do recurso apresentado pela Unifenas e foi acompanhado pelos demais ministros DA Turma. Tal decisão mantém o acórdão firmado pelo Tribunal de Alçada de Minas Gerais.

Processo: Resp 773994 - Fonte:
www.stj.gov.br

terça-feira, 26 de junho de 2007

Quando a mídia esquece de cumprir o seu papel

Impressionante a curta memória da grande imprensa nacional. O que chamamos de desdobramento da matéria não acontece em determinados casos. Até mesmo quando a questão é tão recente. Por exemplo, o governo aumenta num dia o salário de 21.563 pessoas que ocupam função de confiança. No outro, cria mais de 600 cargos comissionados. A despesa extra da máquina pública será de R$ 23,2 milhões. Isso mesmo. Bilhões. Os salários variam entre R$ 1.977 a R$ 10.448. Tem gente lá dentro, por exemplo, que ganha R$ 8.400 e ta reclamando, viu?
Porque é pouco! Deve ser mesmo. Já que a teta é grande e vasta para todos que estão no ninho.

Sim, porque o ninho aqui é para os que fazem parte do PT e dos partidos aliados, loucos por contribuições. Quem viu o PT fazer oposição nos governos anteriores sobre o inchamento da máquina e olha hoje o partido apático, bebendo o leite das tetas, pode dizer abertamente: o PT não é mais o mesmo. E mais, depois dele nenhum partido consegue fazer oposição tão bem quanto eles faziam na época em que levantavam a bandeira da moralidade, igualdade, fraternidade... opa! Isso lembra alguma coisa!

Ah! Vale ressaltar que os cargos foram criados para Secretaria de Assuntos de Longo Prazo onde o então ministro Mangabeira Unger que ontem foi crítico ferrenho do Governo Lula, hoje, diz que ele é uma “magnanimidade” (parece que o poder também mexe com a cabeça de muitos intelectuais acadêmicos...).

O aumento dos salários desses pobres trabalhadores (to até com pena deles) é variado entre 30,5% e 139,75%. E o que a imprensa tem feito em relação a isso? Pouco ou quase nada já que o país vive numa velocidade acelerada de escândalos que mal se chega ao pôr-do-sol e outro episódio faraônico já abre as páginas e sites da imprensa no outro dia.

E como a prática da cleptomania não tem cor nem distinção, tanto pode ser PT, aliados dele ou o que se diz ser oposição ou nem tanto oposição, meio termo, ou amigo dos pares. A bola da vez é o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) que depois de combinar, por telefone, uma partilha de dinheiro com o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Tarcísio Franklin de Moura, não espera ver seu discurso, digamos assim um bate-papo, gravado pela Policia Civil do DF, na Operação Aquarela. De onde vem o dinheiro?? Quem sabe. Já querem saber de onde vem o dinheiro? É muito cedo. Ora, vale ressaltar que até agora nós não sabemos de onde vinha o dinheiro das malas e depósitos administrados pelo então publicitário Marcos Valério! Já querem saber de onde vem o dinheiro do Roriz?

Voltando a questão da imprensa... Sabemos que a agenda e o volume de informações que chegam à redação quase que impossibilitam a tomada de decisão do editor: em que caso se dedicar mais ou priorizar em detrimento de outros. No entanto, não podemos perder de vista a função e o compromisso que temos de manter a sociedade bem informada. Que venhamos então a priorizar fatos que levam a vários desdobramentos (em sua maioria) e que na avaliação da pauta prevaleça o interesse coletivo, da maioria, do maior número de pessoas e não de alguns grupos.

PT e seus desafios

Recebi este artigo do amigo Bráulio Wanderley, professor, historiador, geógrafo, dirigente do Sindicato dos Professores de PE e militante do PT-PE. Confesso que fiquei surpresa pelo discurso, faço questão de postar, porque Bráulio é petista rooooxxxxxooo. E hoje, ele próprio está reconhecendo como o partido deixou (deixa) a desejar quando o assunto é a prática do discurso pregado durante tantos anos pelo próprio PT. Vale a pena navegar nesta leitura.

“O Brasil é um país interessante, para ser irônico, pois um escândalo se abafa com o surgimento de um novo. Foram os casos da pensão de origem duvidosa do presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-AL), do Vavá, irmão do presidente Lula e o retorno do apagão aéreo. Em tempos não muitos longínquos o PT já teria feito inúmeros requerimentos de aberturas de CPI’s, impetrações no ministério Público e no STF, mas como diz o ditado quem tem telhado de vidro...

Observando os últimos anos, percebemos que a corrupção no Brasil não tem coloração partidária nem opção ideológica. Ela é fruto da deturpação de valores éticos de da complacência da maioria da população alienada pelos veículos de comunicação que se encarregam de “abafar os casos” por diversos interesses.

Mas como bem disse o presidente Lula na sua primeira posse: “todos têm o direito de errar, menos eu”. É fato que neste segundo mandato, o presidente passou a se dedicar mais na condução política de seu governo, vide a demora em escalar um time “sem capitão”, após perder seu staff com os sucessivos escândalos entre 2004-2006. Saíram de cena petistas históricos como José Dirceu, Antônio Palocci, José Genoino (que retornaram à câmara dos deputados, mas não dão o ar da graça), Luiz Gushiken, entre outras estrelas de “primeira grandeza”.

Entretanto, esperávamos mais nesse segundo mandato. Com 37 ministérios (um absurdo!), o governo segue a sua cartilha continuísta na macroeconomia, melhora o Fundef através do Fundeb (e frustra aliados históricos do movimento sindical com o famigerado piso-teto salarial de R$ 850,00 até 2009! Para os professores da rede pública de ensino cuja jornada semanal seja de 40 horas). Por falar em 40 horas, o governo ainda não se pronunciou com relação a esta bandeira do PT e da CUT que é a redução da jornada semanal sem redução salarial. Cadê a reforma trabalhista?

Ao que parece, além da crise de afirmação socialista, o PT perdeu sua identidade com a ética. A crise atinge a esquerda como um todo, pois é associada à maior referência de massas criada no Brasil após o velho Partidão dos anos 40-60.

Como justificar ao povo que da ante-sala do 3º andar do planalto à copa de São Bernardo a corrupção estava correndo solta? Culpa do PT.

Avaliando de forma histórica, ponderemos: o Brasil é um país messiânico por essência, sempre requisitando em determinados momentos a postura (muitas vezes autoritária), de salvadores da Pátria. Foram Vargas, Tancredo Neves, Collor e o próprio Lula, cujo PT e a esquerda ajudaram a alimentar suas vaidades a partir de 1998. Naquele ano o hoje ministro Tarso Genro se dispôs como alternativa a Lula, mas foi barrado por José Dirceu, então presidente do Partido. O mesmo aconteceu com o companheiro de armas (da época da Dissidência Estudantil e da ALN), Vladimir Palmeira, que teve sua candidatura ao governo do RJ cassada pelo diretório nacional petista a “pedido” de Brizola que condicionou sua participação na chapa de Lula desde que Garotinho, então no PDT, tivesse o PT de Benedita da Silva como aliado fluminense.

Sendo assim, fica difícil reconstruir uma história de lutas sociais quando elas foram secundarizadas por um grupo que utilizou a liderança social de Lula e que hoje está alijado do poder. A bandeira da ética só poderá ser reconquistada quando o PT retomar suas discussões de base, democráticas, coletivas e sem sectarismos de grupos institucionais (extensões dos gabinetes das “autoridades”), a estas deveria ser retomada a cultura do PT de lutas que designava as mais importantes tarefas, condicionando perenes prestações de contas de seus mandatos.

Reorganizar de modo contemporâneo a classe operária, os camponeses e os excluídos; reconquistar e formar novos intelectuais orgânicos; formarmos quadros ideológicos disciplinados e sem vaidades burguesas... Após um bom tempo o respeito que setores do Partido e a constante e desnecessária afirmação do monopólio da ética poderá ser obtido, assim como a empolgação de dizer “sou PT de coração, oPTei”.
http://historiavermelha.zip.net

Renan ataca EXTRA ...1

Extra - AL - 28/05/2007 - 22:00

Renan ataca EXTRA mas não explica relações promíscuas

"JORNALECO" responde a Renan e cobra que explique a origem de seu patrimônio
Por Mendonça Neto
O senador Renan Calheiros atribuiu as denúncias contra seu comportamento de homem público sub judice, ao jornal EXTRA, declarando, da presidência do Senado: "Por estas inverdades já processei mais de dez vezes um jornaleco local (Maceió) que até foi obrigado a mudar de nome para fugir da justiça".

Da Redação


O senador Renan Calheiros infere-se de tal declaração que o "jornaleco" incomodou o senador sob investigação e incomodou tanto que foi citado em sua defesa, como se se tratasse de um jornal de influencia em todo o país, e nunca um mero panfleto de província.
É verdade que o senador passa grande parte de seu tempo tão precioso, maquinando formas de fechar o modesto "jornaleco" que ele não consegue comprar, mesmo com seu patrimônio de mais de R$ 50 milhões, fruto de sua bem sucedida "carreira".

Mas, nem tudo o EXTRA pode, no seu poder descoberto pelo senador da Mendes Junior, que o odeia com todas as forças de sua impotência coronelesca em fechá-lo ou submete-lo à sua vontade e a seu talante.

O EXTRA não pode, por exemplo, engravidar uma jornalista e com ela ter um filho adulterino, a quem SÓ RECONHECEU E PAGOU DIREITOS DEBAIXO DE VARA, como ele próprio confessa ao citar Ação de Alimentos ajuizada em Brasília. Ora, se o pai responsável tivesse assumido a paternidade, não haveria ação judicial. O EXTRA não pode pedir a amigos donos de construtora que sejam portadores de pensões, até porque se a pensão é fruto de ação judicial, bastaria o depósito em conta bancária, muito menos constrangedor para a mãe do que ter que ir todo o mês a sede de uma empreiteira.

O EXTRA não pode indicar Ministros do governo Lula, que tão facilmente se corrompem, e muito menos, por não ser seu irmão, permitir que o deputado Olavo Calheiros levasse DIVERSAS VEZES, e de surpresa, o sr Zuleido de TAL, para audiências onde cobrava a liberação de verbas consignadas no Orçamento pelos srs Renan Calheiros, Olavo Calheiros e outros. O EXTRA não pode comprar uma casa de praia na cidade de Barra de São Miguel, paraíso turístico de Alagoas, por TRES MILHOES DE REAIS e escritura-la por TREZENTOS MIL, porque seria não só falsidade ideológica como sonegação de impostos, e isto o EXTRA não faz. O EXTRA não pode se dizer dono de 10 mil hectares de terra, inclusive devastando Mata Atlântica, na região de Murici, algumas delas pertencentes a massa falida das antigas usinas São Simeão e Bititinga, porque esta área vale cerca de VINTE E CINCO MILHÕES DE REAIS, e só os irmãos Calheiros poderiam tê-la comprado a "preço tão vil". Continua....

Renan ataca EXTRA ...

Renan ataca EXTRA mas não explica relações promíscuas 2

O EXTRA não pode ter comprado apartamento (Edifício Tartana) num bairro nobre de Maceió, porque não possui a importância para paga-lo de cerca de DOIS MILHÕES DE REAIS. O EXTRA não pode freqüentar as mansões luxuosas do sr Zuleido, porque não o conhece, e se o conhecesse, nunca seria convidado, pois o sr Zuleido só confia para a sua intimidade quem tem poder para retribuir-lhe a "gentileza". O EXTRA não conhece lanchas nem iates e nem recebeu brindes do sr Zuleido, tanto quanto o EXTRA, também, não foi citado nos grampos da polícia Federal, como o foram o senador Renan, seu irmão, e seus aliados Teo Vilela, Adeilson Bezerra, Enéas Alencastro e outros.

O EXTRA não pode DETERMINAR INVESTIGAÇÃO OU PRISÃO de ninguém a Policia Federal. O Senador sabe que a PF é subordinada ao Ministério da Justiça e ao Presidente da República. O EXTRA não pode DETERMINAR o que a revista Veja ou jornalistas como Fernando Rodrigues, Ricardo Noblat, Clovis Rossi, Jânio de Freitas, e outros homens acima de qualquer suspeita escrevam . Eles não estão na humilde folha de pagamento deste pobre "jornaleco".

O EXTRA não pode usar a cadeira de Presidente do Senado para se proteger dos apartes , como o fez o senador, que abusou do poder, pois as acusações a ele atribuídas o foram na condição de senador e não de presidente do Senado. Deveria, pois, por ética, passar a presidência ao vice, e defender-se da tribuna singular de senador da República.

Mas o EXTRA das Alagoas pode ser pequeno e – supremo atrevimento - "fitar os Andes", já que Rui Barbosa foi citado, evidentemente pela boca mais imprópria e descabida, porque Rui notabilizou-se com a frase em que dizia que de tanto ver triunfar as nulidades (e os corruptos) o homem sente vergonha de ser "honesto". O poderoso senador não conseguiu explicar suas relações anti republicanas com empreiteiras que navegam no submundo das negociatas do orçamento, nem porque, como Senador, tem vínculos tão estreitos com empreiteiros e lobistas.

Mas o senador prestou a homenagem da ignomínia à decência, ao confessar que processou por mais de dez vezes o EXTRA, em busca de ressarcimento por danos morais (?) mas não dobrou o "jornaleco", que diferente dos seus comensais, não vende sua opinião n em negocia suas denúncias, e por isso, como nesta última edição, esgotou nas bancas de Maceió. Por falta de dinheiro, não tiramos uma segunda. Nem vamos pedir aos Zuleidos que banquem nossas despesas nem que lancem, do fundo de suas vidas criminosas, o seu patrocínio para o nosso modesto jornal.

Jornaleco, senador, será o jornal que o defender de tantos crimes, desde tráfico de influência, formação de quadrilha, desvio de dinheiro público e, até, de omissão de paternidade . Não esqueça, mesmo tendo sido um aluno relapso no curso de Direito, que o calote na pensão de alimentos dá cadeia. Pague direitinho à mãe de seu filho e deixe de fora sua família, sua pobre esposa, usadas como chantagem emocional para desviar o foco de suas transgressões como político e como homem.

Link da notícia: http://www.extralagoas.com.br/noticia.kmf?noticia=6137657&canal=331&total=33&indice=20

sábado, 23 de junho de 2007

Deu no jornal...

Saiu hoje na coluna JC Repórter do Jornal do Commercio

Sabedoria otimista nas ruas do Recife
Uma carroça carregada de papelão e papéis na Rua 48 chamava a atenção ontem por um inusitado cartaz que advertia: “Só Deus muda esse país”.

O que é interessante para o poder

Desde os primeiros capitulos da novela Renan Calheiros seu amigo de todas as horas e a jornalista muitos telespectadores direta ou indiretamente participantes das cenas, davam como certo o final feliz, rápido e explicável.

Hoje, a novela que é uma obra aberta continua redendo audiência na mídia e fazendo muitos articulistas, comentaristas teclarem argumentos e passarem a publicar opiniões de possíveis resultados para os capítulos finais.

Tan-tan-tan-tan: Não percam... O senador Renan Calheiros será absolvido ou condenado? Seu fiel e cordeiro amigo (lobista) Cláudio Gontijo continuará seu amigo de fé e camarada? Como ficará a imagem (já tão desgastada) do Congresso Nacional? Não percam... as cenas inovadoras que só mesmo os personagens da nossa política podem proporcionar, dentro em breve estarão estampadas em todas as capas de jornais, revistas, sites, televisão...

Os questionamentos são vários. Por que Renan ainda está no poder? Dentre os “ilustres” representantes do Senado, quem seria o “nome” que agregaria relações importantes, livre acesso as chamadas “decisões favoraveis”, uma quase unanimidade em questão de credibilidade, confiança, altiveis? Quem é este nome? Como os pares ainda não escolheram esta personalidade que venha a dar(doar) um pouco de credibilidade a casa e que a sociedade veja como “finalmente eles reconheceram que a situção estava insustentável”, fica dificil para os comentáristas de plantão escrever ou narrar algo diferente.

A briga pelo poder faz muitos dos nossos parlamentares rasgar o discurso da sensatez, da socialização das perdas e da real mudança do Congresso Nacional, instituição esta que mesmo desgastada pelos escandâlos (que não são poucos!!) deve permanecer em pé para o bem da democracia. ( A gente vive na democracia, é? Tava até esquecida...)

E como a mídia deve reagir a este espetáculo? Exercendo o seu papel de informar, apresentar os fatos e contrubuir para que a sociedade faça a sua escolha.
Até porque os roteiros das novelas seguem uma mesma estruturação em sequências e com indicações técnicas destinadas a orientar a direção e a produção da obra. O que muda são os atores. Estes sim.. podem hoje estar numa cena, levantando a bandeira da dignidade, decência, lealdade e amanhã podem vivenciar outro personagem: o cleptomaniaco, o larápio, enganador e o que diz que “rouba mais faz”.

Por favor, não percam as cenas dos próximos capítulos. Esta novela a gente tem mais é que acompanhar...

sexta-feira, 22 de junho de 2007

As charges que dizem tudo...


Gente,
Novamente, seguem algumas charges, enviadas pela minha irmã e amiga Gleide Mello, pra gente refletir... elas dizem tudo mesmo...kkkk




As charges que falam tudo...



quarta-feira, 20 de junho de 2007

As charges que dizem tudo...




Recebi estas charges da minha amiga e irmã Gleide. Tinha que repassar para vocês. Afinal, "a gente não quer só comida... a gente quer viver a liberdade”. Olhem bem estas charges e pensem... será que estamos vivendo isso de verdade?? Ou é só uma brincadeira de brasileiro que leva as coisas num jeitinho??
Vavá está sendo linchado mesmo?

Gente,

Tinha que postar no meu blog este editorial de Dines publicado no Observatório da Imprensa (link ao lado). Tem tudo a ver com os escândalos em série que estamos vivenciando a cada mês na gestão Lula o retorno. Penso eu que se estivéssemos na Inglaterra, por exemplo, cada uma dessas histórias verossímil já tinha virado filme.

VIVA OS ICONOCLASTAS
Vavá está sendo linchado mesmo?
Alberto Dines

São indispensáveis: sem os iconoclastas não há dissonâncias e sem dissonâncias não há diversidade nem controvérsia – nem democracia. O experiente Elio Gaspari procurou cumprir a sua função como jornalista independente na sua coluna de domingo, 17/6 (Folha de S.Paulo, pág A-6 e O Globo, pág.14 – ver abaixo), e contrariou o noticiário da grande imprensa no tocante ao irmão do presidente Lula. Afirmou enfaticamente que Genival Inácio da Silva, o Vavá, está sendo covardemente linchado apenas porque é irmão do presidente da República.

"Seu linchamento não busca o cidadão metido com vigaristas. Busca a jugular do irmão", escreveu. Mas investe com igual indignação contra o presidente que participa do linchamento ao desqualificar o cidadão Vavá como "lambari".

Como prova da sanha da imprensa lembra, o caso do Dossiê Vedoin e da demonização de Freud Godoy, assessor do presidente que "sequer foi indiciado". Significa que o indiciamento ou não indiciamento pela Polícia Federal vale como sentença final.
Irmãos ilustres

Pois na mesma página em que a coluna foi publicada na Folha está a seguinte notícia: "Relatório final da PF diz que Vavá teria praticado tráfico de influência".

Nos jornais do dia seguinte (segunda, 18/6):

** Estado de S.Paulo (pág. A-7): "Vavá e Morelli estão entre os 27 citados pelo Ministério Público por participação na máfia dos caça-níqueis"
** Folha (pág. A-6): "Procuradoria deve denunciar envolvidos na Xeque-Mate – supostas atividades de Vavá só serão investigadas se órgão pedir desmembramento"
** O Globo (pág. 8): "MP apresenta denúncia contra Vavá e Morelli – Relatório final da PF diz que irmão do presidente Lula cometeu crime de tráfico de influência"
Billy Carter (irmão do Nobel da Paz, Jimmy Carter) foi perseguido pela mídia americana (tanto conservadora como liberal) porque era um trapaceiro internacional. O irmão de José Sarney, Murilo, foi gozado nacionalmente porque era um aldrabão paroquial. Não consta que na Geórgia ou no Maranhão os iconoclastas de plantão tenham berrado que Billy e Murilo estavam sendo linchados por causa dos ilustres manos.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Por que não estamos discutindo política como antes?

A falta de estímulo na população em participar das definições políticas do país está imbuída, notoriamente, num grande sentimento de descrédito em nossos “ilustres” parlamentares. Ao olhar o Congresso Nacional nós, míseros mortais, ficamos catando a dedo entre paletós preto, azul, marrom com gravatas vermelhas ou estampadas ou as que vestem saias, vestidos qual deles(as) pode ser a raríssima e honrosa exceção entre os larápios. Fica até difícil da gente enumerar, até porque o então representante do povo que hoje levanta a bandeira da dignidade, moral, honestidade, decência, lisura... amanhã, pasmem, pode está do outro lado da mesa ou do poder ou do povo. Em quem então acreditar? Quem hoje, dos nossos “ilustres” representantes cujo o exercício da profissional o assegura o foro privilegiado, pode dizer que não está contaminado com o vírus da ladroagem? Afinal, o Congresso Nacional, hoje, é uma das melhores universidades na formação e na prática da cleptomania.

São várias disciplinas que trabalham de forma interligadas para ensinar os “alunos”, alguns antigos e outros que estão chegando, como desviar (opa! Aqui entra dinheiro também..) a atenção da mídia para outros focos de informações que não sejam o Congresso. Há teorias de matemática que nem Pitágoras conseguiria resolver. O resultado é sempre impossível. Vai desde o momento da formação dos caixas um e dois passando pelas contas pessoais, públicas e de terceiros. O marketing de imagem então.... este é um dos mais forte porque trabalha em cima de situações pontuais e escolhe dentre os personagens quem é ou não a bola da vez. Corporativismo.

Outra disciplina fundamental para os cleptomaníacos. Afinal, um faz o outro encobre. A máxima dos Três Mosqueteiros “um por todos e todos por um” existe. Desde que não comprometa a imagem da corporação. Caso contrário perde-se a teta porque não existe vaca tão farta por aí pra se encontrar em qualquer esquina. E aí bota a cabeça a prêmio daquele que esta desvirtuando de forma publica e midiática a imagem do universidade cleptomaníaca que é o Congresso.

Ledo engano aquele que pensa que depois desse corte tudo acabou. É só esperar o segundo semestre para as próximas disciplinas, evidentemente, sem esquecer as anteriores. Até porque todas elas têm pré-requisitos.

Então o apelo é pontual: Quem são os nossos representantes legítimos? Aqueles que ontem estavam na oposição e hoje estão no poder? ....

Aguardem o segundo momento da resenha.......

domingo, 17 de junho de 2007


Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr




A imagem diz o momento


Sombrio, entristecido, desamparado, solitário, calado, decepcionado, sem sentido, sem rumo. Parece ser assim o que diz esta foto do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) capitado no blog de Josias de Souza (o link tá ao lado), neste domingo.
A imagem diz o momento. Momento que não se imaginava vivenciar e por isso seus olhos parecem estar perdidos no tempo e no espaço. Um olhar meio morto muito mais de tristeza do que propriamente de morte física contradiz com a postura do senador quando este estava no ápice da carreira política e o assédio da imprensa em relação a ele era muito mais para abordar sobre os outros políticos, o Senado e às vezes ele mesmo. O primeiro plano desfocado, dando uma sombra de um objeto imaginável, quase que demonstra um pouco do esconder da aparição. Do encobrir algo muito maior do que está sendo exposto. Neste close, nada preparado logisticamente, o senador está visivelmente perturbado. Com traços fortes em sua testa que desenham curvas de conflitos e decepção.

A imagem diz o momento quando o semblante do senador não exala superação, resultado satisfatório, conquistas. Ao contrário. Mostra que diante da pressão social, dos discursos ou não dos seus pares e da abordagem que a mídia dá ou não em relação ao “Caso Renan versos Mendes Junior versos jornalista versos filha”, o homem que veio das Alagoas conquistou a capital política e assumiu parte do poder nacional está caído. Frágil como uma flor que se dissolve com um vento repentino. Renan mostra uma dor quase que contável.
Abatido na cor da pela, na alma, na calma, no intimo. Nesse contexto pode-se dizer que absolutamente a imagem captou o momento.
Tiro pela culatra

Gente,
Este material foi enviado pelo pessoal do site Transparencia Brasil (veja link ao lado). Fiz questão de postar aqui.

A proibição de financiamento eleitoral privado é um equívoco que custará caro.
No dia 13 de junho a Transparência Brasil enviou às lideranças partidárias na Câmara dos Deputados o texto reproduzido abaixo, em que se argumenta contrariamente à proibição de financiamento eleitoral privado (é o que se tem denominado "financiamento público de campanhas", como se hoje o financiamento eleitoral já não fosse em parte público).


A proposta de proibição de financiamento político privado que está sendo discutida no âmbito da reforma política baseia-se num equívoco. Se aprovada, devolverá à total obscuridade o jogo de interesses que agem na política e que, no modelo atual, ao menos oferece alguma visibilidade, ainda que imperfeita.

Empresas privadas financiam eleições porque têm algum interesse. O jogo do financiamento eleitoral dá-se num mercado, sendo regulado pelas regras da oferta e da procura. Tais regras são anteriores às regras jurídicas formais. No caso de eleições, a oferta e a demanda dão-se em torno de decisões futuras dos candidatos. O pagamento é o financiamento eleitoral. Não será uma regra formal que fará desaparecer o interesse privado.

Na configuração institucional brasileira atual, o financiamento privado é obrigatoriamente comunicado ao Tribunal Eleitoral, o qual divulga tais informações após as eleições. Essas informações são cruciais para que se possa efetuar o monitoramento das ações dos políticos eleitos. Sabendo-se que determinadas empresas ou grupos de interesses financiaram tais e quais candidatos, consegue-se examinar as suas ações contra o pano de fundo das doações, possibilitando com isso a identificação de casos de favorecimento suspeito.

Exatamente porque tanto a oferta quanto a demanda continuarão a existir, na hipótese de se proibir o financiamento privado o que se conseguirá será canalizar para a ilegalidade as doações que hoje são legais.

Não é possível que se considere que isso configure progresso. A medida proposta representará um retrocesso gravíssimo para o processo eleitoral, igualando o país a tantos outros nos quais não se conhece absolutamente nada a respeito das finanças eleitorais.
Chega a ser espantoso que alguns dos proponentes da medida argumentem que a proibição do financiamento privado “acabará com o Caixa Dois de campanhas”. Como é que proibir o Caixa
Um acabará com o Caixa Dois? Não há a menor lógica nesse argumento. Acontecerá exatamente o contrário.

Não há país no mundo em que a proibição de financiamento privado tenha funcionado. Esse tipo de regra não existe em lugar algum, e o motivo é que é melhor conhecer ao menos em parte o que acontece nas finanças eleitorais do que não conhecer nada.
Por isso, a Transparência Brasil insta os parlamentares brasileiros a rejeitarem a proposta de proibição de financiamento privado de campanhas eleitorais.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

O Jornal Hoje não disse nada??

Isso já foi demais! Depois de um dia anterior cheio de bombas, mísseis, atentados violentos a nossa inteligência... Estou falando de Brasília (parte desse conflito no Congresso Nacional), o Jornal Hoje da TV Globo, de hoje, 14, não disse absolutamente nada sobre o `abafa o caso` ou `pula esta parte` do Conselho de Ética para contemplar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Também não falou nada sobre as novidades emocionantes do episódio Vavá, o irmã do presidente.
Gente, eu preciso entender. Quem pauta estas edições? Quem diz o que “vai sair”, “para quem vai sair”, “isso pode ou não sair”? Mudaram o conceito de imprensa e não avisaram ao público? Talvez porque estejam pensando que o público é a massa. (?)

Muitos intelectuais, acadêmicos aceitam a definição de “massa” que Herbert Blumer defende quando ele explica que a “massa é destituída das características de uma sociedade ou de uma comunidade. Não possui organização social, costumes, tradição, um corpo estabelecido de regras ou rituais, um conjunto organizado de sentimentos, nem qualquer estrutura de status-papéis ou liderança institucionalizada. Na verdade, é constituída por um agregado de indivíduos que se encontram separados, desligados e anônimos e, mesmo assim, formando um grupo homogêneo em termos de comportamento de massa que justamente por não resultar de regras ou expectativas preestabelecidas é espontâneo, inato e elementar” (Blumer, 1971).

Esta definição pode até explicar, não sei se justiça, até porque se temos opinião deixamos de ser massa. Se vamos votar, escolher e definir nossos governantes, não somos massa. Somos leitor, cidadão, eleitor.


Que a imprensa cumpra, sim, o seu papel de informar e não de omitir fatos extremamente relevantes para sociedade.
O que está acontecendo com a nossa imprensa???

Primeiro parece que existe um agenda semelhante, igual, irmãs univitelinas para todos os veículos... isso inclui, é claro, tanto o texto como as fotos dos principais sites. Ontem, 13, em plena votação, sim ou não e talvez por que, no Congresso Nacional sobre a reforma política, o assunto principal de toda mídia nacional era ainda, basicamente, o tal relógio do presidente Bush (eita!! Quase dizia Bosch!) se foi roubado ou não (e olha que nem era um relógio chic, enh??), o irmão do presidente (isso é obvio) e a declaração fatídica da nossa dama-de-ferro, ministra do Turismo, Marta Suplicy para nós mortais que podemos pagar (mesmo em parcelas) passagens de aviões mas não podemos voar. Então, ela diz: "relaxe e goze". Aliás, falando sério, não sei quem dá mais declarações bombásticas se ela, Clodovil ou o próprio presidente Lula.

Nesta salada de pepino misturada com abacaxi a imprensa nem ficou a reboque de nada. Um exemplo disso foi o site da Uol que às 18h ainda dava a mesma manchete das 16h05 sobre a ministra: Marta se desculpa por "frase infeliz" e diz que não desdenhou população. E o Jornal do Commercio colocou no finalzinho da página “ Plenária vota hoje reforma política”. A postagem da matéria marcava o horário 9h26 quando já eram 18h48.

Ou seja, não tinha ninguém da equipe de Brasília para dizer o que estava ocorrendo? A pauta não era fundamental para o leitor/cidadão? Como podemos formar uma sociedade consciente dos conceitos, deveres e do exercício da cidadania se a própria imprensa que tem o papel primordial de informar e ser provedora de notícias não exerce suas funções?

Felizmente algo aconteceu de bom. O Estadão botou pra arrombar. Além da cobertura dos fatos, prestou um serviço aos leitores quando narrou resumidamente os pontos principais da reforma (vejam
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/noticias/2007/jun/13/283.htm) e as divergentes opiniões e posições dos nossos ilustres políticos. Mesmo que este assunto já tenha vindo à baila pela imprensa em outras oportunidades vale ressaltar que nunca é tarde para relembrar e refrescar a memória do leitor (e eleitor) sobre determinadas posições políticas, do momento, sobretudo na nossa democracia, já que nossos parlamentares mudam e oscilam de posição como quem troca de roupa todo dia.

E pensando que hoje, 14, a grande imprensa ia se redimir sobre a não cobertura de ontem, ledo engano. Vejam as manchetes dos principais jornais abaixo.
Capas jornais
Hoje as capas dos principais jornais continuam no mesmo diapasão. E novamente o Estadão sai na frente.

O Globo
(manchete principal) Decisão do STF ameniza punição a autoridades

Folha de São Paulo
(manchete principal) `Relaxa e goza`, diz Marta a passageiros sobre crise aérea
Relator pede arquivamento do processo contra Renan

Estadão*
(manchete principal)
Economia cresce abaixo da expectativa do governo
Revolta adia votação da reforma política

O Dia
(manchete principal)
Servidor: veja as datas de pagamento no 2º semestre

Jornal do Brasil
Impasse político barra o uso das Forças Armadas

Jornal do Commercio
(manchete principal) PF complica ainda mais o irmão de lula
(rodacéu) Marta se desculpa por mandar viajante “relaxar e gozar”

Diario de Pernambuco
(manchete principal)
UPE vai mudar o vestibular

Folha de Pernambuco
(manchete principal)
UPE anuncia mudanças no vestibular

* único com chamada na capa sobre a reforma política

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Salário jornalista

Companheiros de labuta... não quero desanimar ninguém...
Mas o salário de jornalista... é qualquer coisa! Olhem o mapa abaixo. Fonte:
www.comuniquese.com.br do 02/06/07.










Charges

A gente olha pra estas charges e não tem como não ri....kkkkkkkkkk
A primeira é de Clériston da Folha de Pernambuco (13/06) e a outra é de Samuca (irmão de Clériston) do Diario de Pernambuco (13/06). Têm tudo a ver com o nosso momento especial: Momento Especial Lula escândalo 6. Ou é 8? Será que é o 10? To tão perdida nesse governo! Não estou conseguindo fazer a contagem dos corruptos e dos corruptores? Tudo isso, porque a velocidade com que um escândalo puxa outro é tão rápida que não dá tempo de contar.

Mas prometo...vou tentar!!!
Opa!! Essa coisa de promessa fica pra político... É isso aí!
De olho nos homens

Meu povo...
Creio que temos de estar, sempre bem informados, sobretudo, quando o assunto é nosso dinheiro e o uso do mesmo pelos nossos ma-ra-vi-lho-sos políticos. Daí a gente tem que ter um monte de cuidados para saber o que eles fazem com os impostos arrecadados e as ações (obrigações do exercício da profissão) implantadas por eles.

Assim, não deixem de passar rapidinho pelo portal Transparência (http://www.transparencia.org.br/) que reúne informações sobre o uso do dinheiro público pelo Governo Federal. Tem um link aí ao lado.
Vamos fiscalizar... é nosso papel como cidadão... afinal... a gente vota!!!
Olha o voto aí minha gente!!!!!!
Olha a eleição (2008) minha gente!!!!!!!!!
Os custos do Legislativo
Fonte:
www.transparencia.org.br

Levantamento feito pela Transparência Brasil sobre os orçamentos da União, de todos os estados e todas as capitais estaduais revela que:
O trabalho legislativo é mais caro para habitantes de capitais menos habitadas - geralmente, as mais pobres. Enquanto em Boa Vista (RR) cada habitante paga R$ 224,82 anuais pelos serviços associados ao trabalho de seus representantes eleitos nas esferas federal, estadual e municipal, em São Paulo (SP) o custo é de R$ 68,51 por habitante.

Em Boa Vista (RR), o gasto total com o Legislativo (federal, estadual e municipal) representa 4,7% do PIB per capita. No outro extremo, em Vitória (ES), o gasto total de cada habitante com o Legislativo representa 0,4% do PIB per capita.
Em cinco estados e doze capitais, os dados orçamentários não estavam disponíveis na Internet. Escrito por Teresa Leonel às 12h52

terça-feira, 12 de junho de 2007

Gente,

Este e-mail sobre o caso de “amor” abafado (pela nossa imprensa) da jornalista Miriam Dutra e o então presidente Fernando Henrique Cardoso. Claro, não poderia deixar de postar no meu blog. Afinal, estive pensado cá com os meus botões como deve ser visto e comparado os nossos políticos em relação aos países de Primeiro Mundo no que tange os assuntos vidas particulares e publicas ou digamos assim...notórias.

Sim, porque em matéria de escândalos sexuais (se é que posso chamar dessa forma) e de corrupções de políticos renomados e conhecidos, inclusive em nível internacional, nós não deixamos a desejar a governo ninguém. Muito pelo contrário, podemos até exportar. Podemos, por exemplo, exportar cartilhas de corrupção. É uma? Vocês não acham?
Título: Como aprender a roubar um povo sem que ele desconfie?
Textos: José Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares, Sílvio Pereira e Luiz Gushiken; participação anônima Luiz Inácio Lula da Silva. Edição limitada (e quase esgotada...kakakaka)
Mas, vamos ao caso Miriam Dutra – texto do Jornalista Claudio Humberto
O caso Mirian Dutra

Jornalista Claudio Humberto”A jornalista Mirian Dutra, da Rede Globo, retornou do exterior na quarta-feira dia 30 de maio 2007. Ainda não se sabe se ela vai contar o porquê do recato e do silêncio nos 12 anos do seu exílio - a maior parte do tempo na Espanha.

Revendo meus arquivos, encontrei: -Há alguns anos foi realizado no Fórum da Cidade do Rio de Janeiro o seminário "DEMOCRACIA, IMPRENSA E JUDICIÁRIO" promovido pela Escola de Magistratura do Rio de Janeiro. Eis um registro: "O assunto que rendeu mais controvérsia no Seminário foi a forma como a imprensa brasileira era condescendente com o, então, Presidente da República "FHC " ... A questão entrou em pauta quando um jurista citou como exemplo de Conivência jornalística o romance do presidente Fernando Henrique Cardoso com a jornalista da TV Globo Miriam Dutra.Muitos advogados presentes ao evento não sabiam do fato e reagiram com surpresa e indignação quando um jornalista afirmou que toda a imprensa brasileira sabia disso. E naqueles oito anos de governo ninguém tocou no assunto. (por que será, não é?). Muito antes de ser presidente, Fernando Henrique sempre foi um conhecido garanhão da política brasileira. As mulheres sempre ficaram encantadas com o seu charme e sua pose de estadista.

Em Brasília, o escritório de FHC também era utilizado como garçoniére, para usar uma expressão da geração dele..Era no escritório-garçoniére que o então candidato à Presidência da República mantinha encontros com uma de suas amantes, a correspondente da TV Globo em Brasília Miriam Dutra.Quando FHC cresceu nas pesquisas para presidente, a ambiciosa jornalista, pensando no seu futuro pessoal e profissional aplicou aquele velho golpe que louras oxigenadas costumam dar em pagodeiros e jogadores de futebol. Deu uma "chave" em FHC e engravidou.

A jornalista passou a carregar um furo de reportagem em seu próprio ventre. Um filho daquele que seria o próximo presidente da República do Brasil. Ao saber que a amante estava grávida, Fernando Henrique entrou em pânico. Afinal, como diria o outro Fernando, aquilo era nitroglicerina pura. Mas a mídia nacional ficava calada. FHC tentou convencer a amante a fazer um aborto, riu na cara dele. A mulher não ia jogar fora o seu pé de meia, sua caderneta de poupança...Foi aí que entrou em ação a operação abafa.Como ela era correspondente da Globo, imediatamente foi transferida para a Espanha, com um salário milionário, (quem será que financiava tudo isso?) sem obrigação de fazer nada.

Apenas ficar calada e quietinha, ganhando seus milhões e cuidando do filho do presidente. (outro enganador). Atualmente a jornalista Miriam Dutra vive na Espanha, com o filho caçula do presidente. Uma funcionária do jornalismo global diz que às vezes ela liga para o Brasil a fim de fazer exigências, tratando a todos como se fossem seus empregados. "Ela se comporta como se fosse a verdadeira primeira dama!"Vejamos o que diz Kika Martins a respeito do caso:"Tomás Dutra Schmidt, filho não assumido de Fernando Henrique Cardoso e Miriam Dutra Schmidt (a Miriam Dutra, ex-repórter do Jornal Nacional em Brasília), nasceu no dia 26 de setembro de 1991, conforme certidão de nascimento do Cartório Marcelo Ribas (Brasília - DF). Vive hoje com sua mãe e tia em um dos mais caros e sofisticados bairros da Europa, em Barcelona na Espanha.

Agora se vocês querem saber como isso nunca foi notícia na grande imprensa, leiam Caros Amigos - ano IV número 37 - abril de 2000. A matéria é assinada por Palmério Dória e outros. O título é: "Um fato jornalístico".
Falando e lendo sobre violência...
Vamos e convenhamos que a mídia também é um reflexo da nossa sociedade.
Olhem só as manchentes de alguns jornais e sites de hoje, 11/06.

Uol e Folha Online
Francês morre esfaqueado ao sair de restaurante nos Jardins, em São Paulo
Tiros marcam visita de comandante da PM do Rio à Vila Cruzeiro
Tentativa de assalto em São Roque termina com três da mesma família mortos


Terra
SP: mortes aumentam 23,3% em rodovias estaduais
PM é baleado em ataque a comandante-geral no Rio


IG
Comandante-geral da PM é recebido a tiros no Complexo do Alemão, no Rio; PM é baleado

Últimas do Pernambuco.com (Diario de Pernambuco)
Grávida baleada na cabeça tem estado grave
Sargento baleado na cabeça tem estado grave


JC Online
Estupro - Homem morre em linchamento na Vila dos Milagres

domingo, 10 de junho de 2007

Gente,
Quem disse que não vale a pena escrever?? Olha que até pensei que não...mas sabe, a gente tem mais é que tentar. O Mário Magalhães (Ombudsman da Folha de São Paulo) respondeu o meu e-mail sobre a cobertura da Folha com a chegada do Papa e a falta de “atitude” da imprensa em relação a cobertura do aumento salarial (na surdina e com efeito casacata) dos nossos deputados. Olha o retorno aí, gente!!!

Cara Teresa,

muito obrigado pela mensagem.
Concordo: o jornalismo brasileiro não deu à aprovação do aumento pela Câmara o destaque que deveria.
Pior, alguns leitores da Folha não foram informados, como comentei na crítica diária de sexta. Ela pode ser lida em
www.folha.com.br/ombudsman
Escreva sempre.
Cordialmente,

Mário MagalhãesOmbudsman - Folha de S.PauloAl. Barão de Limeira, 425 - 8o. andar01202-900 - São Paulo - SPTelefone: 0800 159000Fax: (11) 3224-3895
ombudsma@uol.com.br

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Marketing político X imprensa inerte

Este artigo foi enviado para todos os grandes jornais em circulação no país, O Globo, O Dia, Folha de São Paulo, Estadão, O Povo, Diario de Pernambuco, Jornal do Commercio, entre outros por ocasião da chegada do Papa ao Brasil.
Caros editores,
Não poderia ficar parada diante da cobertura dos maiores jornais em circulação/assinatura do país com a chegada do Papa ao Brasil e o descaso, a inércia, o comodismo da imprensa (na maioria dela) em relação ao aumento salarial dos nossos maravilhosos deputados.
Com uma produção cinematográfica comparável (na proporção) aos grandes filmes roliudiano (bem abrasileirado), com os melhores planos, ângulos, cadernos, revistas e links especiais, vidas cotidianas que viraram celebridades da noite para o dia... uma parafernália de equipamentos e um exército de jornalistas para manusear e o próprio exercito brasileiro nas ruas.... a imprensa se armou, se preparou, produziu.... para a maior cobertura: a chegada do Papa. O que come o Papa? O que pensa o Papa?
Enquanto isso... no Congresso Brasileiro... tan-tan-tan-tan... nossos admiráveis, competentes, honestos e decentes deputados, aproveitando este momento de inércia da sociedade e da disputa da imprensa pela espetacularização da notícia PAPA, fecha com chave de ouro a pauta principal da casa (e causa) parlamentar: o aumento dos seus próprios salário e benefícios. Sem registro no painel eletrônico, os deputados aprovaram reajuste salarial de 29,81%. Cada “competente” parlamentar vai ganhar um salário de R$ 16.512,09. O aumento também vale para o presidente, vice e ministros.

Não há como não parabenizar os nossos “comprometidos” deputados por esta estratégia de marketing executada de forma ímpar, digna de nota 10 em aulas de MBA. Afinal, são esses nossos baluartes da moral, bons costumes, defensores da ética e seriedade que trabalham em prol do povo, e em função dele. Faz-me ri!!
E nossa imprensa? Hoje, os maiores jornais em circulação/assinatura do Brasil, Folha de São Paulo, O Globo, Estadão, O Dia, Correio Braziliense, O Povo, Jornal do Commercio, Folha de Pernambuco, pra citar alguns, trazem o Papa como manchete principal (quase todas iguais, inclusive) e o aumento dos deputados em uma parte qualquer da página (no canto debaixo para alguns, apenas uma linha para outros). O Jornal do Brasil, por exemplo, colocou um rodapé entre outras notícias que passa assim... totalmente assim.., no rodacéu tava a morte de Herval Rossano (nada contra o diretor) que é mais importante, claro. É preciso registrar então a chamada de capa do Diario de Pernambuco (não é rasgando seda e sim o verbo), mas o velho DP fez uma grande chamada de capa “ Lula e deputados têm aumento...” e nem por isso deixou de colocar a notícia da vez (o Papa) na capa.
Diante de uma questão midiatica tão séria como essa, vale uma grande reflexão. Que agenda é esta que os profissionais de redação estão se pautando? Que profissionais estamos “ produzindo” na academia, nas faculdades, para entrar num mercado de comunicação que está reproduzindo o mesmo? Será que não é destaque o aumento dos parlamentares que vai gerar um grande efeito dominó nos estados e municípios? Isso não é a pauta mais importante dos maiores jornais, sites, rádios e TV do país? O nosso dinheiro, os nossos impostos estão descendo pelo esgoto e isso não é tão importante?? Os parlamentares (alguns até assumiram isso....) disseram que aproveitaram o momento de comoção, de emoção do povo em relação a visita do Papa, e onde o foco da imprensa estava voltado totalmente para esta cobertura, exatamente para “aplicar o golpe branco”!! E o que a imprensa faz no outro dia? E o que a sociedade faz no outro dia?
Nossa imprensa acordou mais pobre hoje. Não porque cobriu e continua sensacionalizado a visita do Papa. É um fato e uma grande noticia. Mas porque deixou de cumprir com o seu papel de estimular o debate, a reflexão da sociedade a partir de um destaque maior dessa problemática política e seus efeitos.
Para que a sociedade tenha um novo olhar sobre a realidade é preciso ter uma imprensa comprometida com esta mesma sociedade.

Gente,
Não posso deixar de falar novamente nas coisas que a mídia não falou quando o Papa esteve por aqui. Lembra?? O salário dos nossos parlamentares teve aumento na calada da noite... ou melhor... na calada da tarde!! Mesmo assim, existem raríssimas e honrosas exceções como é o caso desta charge de Cleriston da Folha de Pernambuco (10/05/07) que merece toda a nossa atenção e carinho. Tá ma-ra-vi-lho-sa....

E o Papa... hen?