Jornal do Commercio
30.07.2008
BRASÍLIA – O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), convocou os 512 deputados para que estejam em Brasília na próxima semana sob pena de serem punidos com descontos nos salários. Para lembrar os colegas que serão realizadas sessões deliberativas – com votações – de segunda a quinta-feira, o petista enviou telegramas para cada um dos parlamentares.
No telegrama encaminhado a cada deputado, Chinaglia detalha que serão realizadas sessões nas duas primeiras semanas de agosto. No texto, o presidente da Câmara informa que as sessões serão realizadas nos dias 4, 5, 6, 7, 12, 13 e 14 de agosto.
Em seguida, Chinaglia afirma que “haverá registro (de presenças e ausências) no painel eletrônico com efeito administrativo”. Na prática, essa informação significa que aquele que faltar sem justificativa pertinente poderá ter o salário descontado.
O recesso legislativo de julho acaba amanhã, depois das atividades parlamentares ficarem paralisadas desde o dia 17 – como prevê a Constituição Federal. Neste período, houve um grupo de senadores e deputados que ficou de plantão para situações consideradas de emergência, mas não foram acionados para retornar a Brasília.
O desafio de Chinaglia é garantir quórum – e assegurar consenso – para realizar as votações no período que antecede as eleições municipais. Nos dias anteriores ao 5 de outubro, vários deputados estarão dedicados às próprias campanhas ou de correligionários nos Estados, o que deve esvaziar as atividades do Legislativo no segundo semestre.
Apesar da esperada paralisia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já enviou seu recado: quer a inclusão da proposta que aumenta o rigor sobre os grampos telefônicos entre as prioridades de votação no segundo semestre.
Há, ainda, uma série de outras matérias a espera de acordo e quórum para serem discutidas e votadas.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
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