Em quem vamos votar?

Parece que estamos novamente numa corda bamba quando se trata de escolher através do voto os nossos representantes para Câmara Municipal e Prefeitura.

Longe de entender o que se passa na mente dos tais políticos, fica mesmo complicado para o eleitor saber quem é do partido X ou Y e onde cada um deles amarra o seu cavalo.

Explico: em um dado momento o candidato que tinha o opositor como seu arquiinimigo, hoje está com ele de mãos dadas no palanque e se diz amigo de berçário. O que aconteceu no passado? Faltaram entendimento, amadurecimento e outros “entos”??.

Os partidos com plataformas de governo e bandeira ideológica distintas, nunca na história desse país (quando falamos de lutas emblemáticas) ficariam juntos para ganhar uma eleição em função de um “coligação de forças”, de um tal “projeto político” .

E o eleitor fica se perguntando que projeto é esse...

A retórica dos candidatos era carregada de ideais, caminhos, soluções. Hoje está toda numa mesma dimensão. Os partidos não são importantes, não interferem na formatação da campanha e pouco ou quase nada são lembrados nas peças publicitárias.
Os slogans são conduzidos para combaterem os opositores e não como conceito ideológico para o projeto de governo.

Honestidade, decência e pagamento de tributos não fazem parte do exercício obrigatório dos candidatos, mas sim funcionam como atributos de exaltação para se diferenciar do opositor.

Assim sendo, como é que nós, mortais eleitores, podemos escolher entre tantas figuras emblemáticas uma que seja a verdadeira representação do coletivo, da sociedade?

Parece mesmo que está muito difícil e complicado.