A dor da gente saiu hoje (16/07/09) no jornal quando Vilma, apresentadora da TV Grande Rio, deixou de “representar” diante da câmara e não controlou a emoção, geralmente, tão exigida na profissão.
Após a matéria sobre o enterro das 2 crianças mortas com uma barra de ferro, pelo próprio pai biológico, na manhã de quarta-feira, 15/07, no Núcleo 4 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho (10 quilômetros do Centro de Petrolina), Vilma quase foi as lágrimas. O fato ficou visível e natural.
Penso que isso é muito bom (as lágrimas de Vilma) porque quebra um pouco a imagem que o jornalista é super super e não tem sentimentos. Creio que as pessoas pensam dessa mesma forma, tipo: poxa, até a apresentadora na TV tá sentindo a dor da gente!
A dor da gente nunca é retratada no jornal. Mostram-se os acontecimentos, a tragédia, as indicações das possíveis razões que levaram o fato a ser consumado, mas a notícia não consegue descrever a dor.
Muitos fazem da dor um espetáculo da informação para chamar atenção. Outros querem “render” a dor da vítima por horas e horas de exposição para ganhar audiência. E ainda tem uns que pegam carona na dor da gente pra se mostrar parte do processo.
Na medida em que temos mais compreensão da complexa relação sociedade X sociedade abrimos possibilidades de novas formas de fazer, ou melhor, de pensar jornalismo. Até porque o telespectador, leitor, internauta, ouvinte não é passivo das transformações. Ele é agente operante.
Assim sendo, a dor da gente passa a ser parte do processo comunicacional e não mais fatia descartada da realidade. Daí a razão (de nós jornalistas) estarmos sempre estudando, pesquisando (dentro do espaço acadêmico) e compreendendo essa estrutura societária para a partir desse entendimento agirmos cautelosamente como profissional e não como máquinas.
Quando percebemos essa complexidade passamos a ser sujeitos e atores dessas mudanças. Jornalismo também tem razão e emoção, sim senhor!
Após a matéria sobre o enterro das 2 crianças mortas com uma barra de ferro, pelo próprio pai biológico, na manhã de quarta-feira, 15/07, no Núcleo 4 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho (10 quilômetros do Centro de Petrolina), Vilma quase foi as lágrimas. O fato ficou visível e natural.
Penso que isso é muito bom (as lágrimas de Vilma) porque quebra um pouco a imagem que o jornalista é super super e não tem sentimentos. Creio que as pessoas pensam dessa mesma forma, tipo: poxa, até a apresentadora na TV tá sentindo a dor da gente!
A dor da gente nunca é retratada no jornal. Mostram-se os acontecimentos, a tragédia, as indicações das possíveis razões que levaram o fato a ser consumado, mas a notícia não consegue descrever a dor.
Muitos fazem da dor um espetáculo da informação para chamar atenção. Outros querem “render” a dor da vítima por horas e horas de exposição para ganhar audiência. E ainda tem uns que pegam carona na dor da gente pra se mostrar parte do processo.
Na medida em que temos mais compreensão da complexa relação sociedade X sociedade abrimos possibilidades de novas formas de fazer, ou melhor, de pensar jornalismo. Até porque o telespectador, leitor, internauta, ouvinte não é passivo das transformações. Ele é agente operante.
Assim sendo, a dor da gente passa a ser parte do processo comunicacional e não mais fatia descartada da realidade. Daí a razão (de nós jornalistas) estarmos sempre estudando, pesquisando (dentro do espaço acadêmico) e compreendendo essa estrutura societária para a partir desse entendimento agirmos cautelosamente como profissional e não como máquinas.
Quando percebemos essa complexidade passamos a ser sujeitos e atores dessas mudanças. Jornalismo também tem razão e emoção, sim senhor!
Poxa. Naum vi! Mas queria...
ResponderExcluirBOM DIA!
ResponderExcluirTIVE A OPORTUNIDADE DE PRESENCIAR ESSE FATO NO GRTV E ACHEI FANTÁSTICO. FINALMENTE A MÍDIA TELEVISIVA PASSOU PARA NÓS TELESPECTADORES A EMOÇÃO DE UM FATO TÃO DOLOROSO. FIQUEI TÃO EMOCIONADO QUE TAMBÉM CHOREI. PARA MIM, ESSE FATO JORNALÍSTICO ENTROU PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA LOCAL.
UM ABRAÇO,
FLÁVIO SOARES
PROFESSOR DA UNEB