Nos últimos meses e puxando um pouco a partir dos escândalos do Governo de Lula, seqüências de frases e palavras soltas são produzidas e repetidas diversas vezes por personagens da política, intelectuais e estudantes que contribuem para uma nova reflexão sobre o uso dessas palavras de forma aleatória ou não. (?)
A exemplo do próprio presidente da Republica que levantou o bordão “ nunca antes na história desse país...”, seguindo a fila vem seus correligionários como José Dirceu e assemelhados que usam a expressão “mídia golpista” e “a imprensa partidária”. O complemento das frases com predicado direto ou não está sempre associado às palavras soltas e muitas vezes não contextualizadas, tipo: ética, moral, honestidade... só pra citar algumas.
Esse “fenômeno “ de sintaxe serve, no mínimo, para entendermos as razões pelas quais a sociedade aceita determinados movimentos de forma natural. Um exemplo claro seria um candidato a deputado ou senador colocar no seu site ou cartaz algumas frases de efeito: “ sou honesto, defendo a moral e a decência” , “sou contra a corrupção”, “minha vida é um livro aberto” , “nada tenho a esconder”, “ a minha honradez é conhecida por todos”...
Estas perolas textuais nos remetem a uma grande indagação: o decoro na aparência, conduta, respeito e compostura tem quer ser apresentado e vendido?
Jogando com as palavras estamos perdendo as nossas referências. Ontem conseguimos ler textos de personalidades, professores e intelectuais que defendiam os significados das palavras “ética” e “moral” exemplificando pessoas que foram referências (de fato e de direito) nesse país. Hoje, alguns desses mesmos intelectuais querem justificar as atitudes do então senador Renan Larápio Corrupto Calheiros usando estas mesmas palavras.
Acusado e absolvido (absurdamente) de usar um lobista para pagar despesas de uma filha com a então jornalista playboiana Mônica Veloso, fez negociatas no minimo duvidosas na compra de duas rádios e uma emissora de jornal por meio de "laranjas" em sociedade com o usineiro João Lyra nas Alagoas o senador Renan ainda é suspeito de coletar propina em ministérios chefiados pelo PMDB. É pouco???
Ainda assim, muitos e muitos intelectuais que também apontam a mídia golpista de querer derrubar Renan (tadinho... estou até com pena dessa injustiça....!!!), fazem jogos de palavras para tentar explicar o inexplicável. Até onde se sabe, qualquer pessoa corrupta é corrupta em qualquer lugar.
E mais, justificam e comparam os processos anteriores de ladroagem com os atuais e ainda dizem que isso sempre ocorreu na política e que o Renan não é o primeiro (muito menos o último). A pergunta é simples: justificar um erro com outro é lícito? O que vamos ganhar com isso? Mostrar pra sociedade que a impunidade compensa?
Precisamos, realmente, rever nossos conceitos. Quando começamos a acreditar que o desenvolvimento econômico é mais importante do que o estado de direito, verdadeiramente estamos tirando a liberdade e as possibilidades da sociedade e matando a democracia.
A exemplo do próprio presidente da Republica que levantou o bordão “ nunca antes na história desse país...”, seguindo a fila vem seus correligionários como José Dirceu e assemelhados que usam a expressão “mídia golpista” e “a imprensa partidária”. O complemento das frases com predicado direto ou não está sempre associado às palavras soltas e muitas vezes não contextualizadas, tipo: ética, moral, honestidade... só pra citar algumas.
Esse “fenômeno “ de sintaxe serve, no mínimo, para entendermos as razões pelas quais a sociedade aceita determinados movimentos de forma natural. Um exemplo claro seria um candidato a deputado ou senador colocar no seu site ou cartaz algumas frases de efeito: “ sou honesto, defendo a moral e a decência” , “sou contra a corrupção”, “minha vida é um livro aberto” , “nada tenho a esconder”, “ a minha honradez é conhecida por todos”...
Estas perolas textuais nos remetem a uma grande indagação: o decoro na aparência, conduta, respeito e compostura tem quer ser apresentado e vendido?
Jogando com as palavras estamos perdendo as nossas referências. Ontem conseguimos ler textos de personalidades, professores e intelectuais que defendiam os significados das palavras “ética” e “moral” exemplificando pessoas que foram referências (de fato e de direito) nesse país. Hoje, alguns desses mesmos intelectuais querem justificar as atitudes do então senador Renan Larápio Corrupto Calheiros usando estas mesmas palavras.
Acusado e absolvido (absurdamente) de usar um lobista para pagar despesas de uma filha com a então jornalista playboiana Mônica Veloso, fez negociatas no minimo duvidosas na compra de duas rádios e uma emissora de jornal por meio de "laranjas" em sociedade com o usineiro João Lyra nas Alagoas o senador Renan ainda é suspeito de coletar propina em ministérios chefiados pelo PMDB. É pouco???
Ainda assim, muitos e muitos intelectuais que também apontam a mídia golpista de querer derrubar Renan (tadinho... estou até com pena dessa injustiça....!!!), fazem jogos de palavras para tentar explicar o inexplicável. Até onde se sabe, qualquer pessoa corrupta é corrupta em qualquer lugar.
E mais, justificam e comparam os processos anteriores de ladroagem com os atuais e ainda dizem que isso sempre ocorreu na política e que o Renan não é o primeiro (muito menos o último). A pergunta é simples: justificar um erro com outro é lícito? O que vamos ganhar com isso? Mostrar pra sociedade que a impunidade compensa?
Precisamos, realmente, rever nossos conceitos. Quando começamos a acreditar que o desenvolvimento econômico é mais importante do que o estado de direito, verdadeiramente estamos tirando a liberdade e as possibilidades da sociedade e matando a democracia.
Parece que temos que repensar muito sobre os políticos e sobre o que fazer deste país. Esses homens estão no poder porque assim os escolhemos.
ResponderExcluirPaulo Henrique - RJ