terça-feira, 31 de março de 2009

Em defesa do diploma

Jornalistas realizam ato pelo diploma em frente ao TRF, nesta terça-feira Jornalistas e dirigentes do Sindicato dos Jornalistas de Pernambueo e da FENAJ realizam ato público, nesta terça-feira (31/03), das 9 às 12 horas, diante da sede do Tribunal Regional Federal (TRF), no Cais do Apolo, manifestando a defesa do diploma em Jornalismo para o exercício qualificado, ético e livre no Brasil.

Os jornalistas distribuirão com servidores e profissionais do Direito e com a população um manifesto que ressalta a importância para a sociedade de receber informação qualifica, apurada por profissionais capacitados e com formação teórica, técnica e ética. O manifesto ressalta, também, a pesquisa do Instituto Sensus que revela que 74,3% dos brasileiros são favoráveis à exigência do diploma de Jornalismo.

O SinjoPE e a FENAJ contam com a participação dos jornalistas, estudantes e professores de Jornalismo, centrais e sindicatos, organizações e representantes sociais e da população em frente ao TRF.

À tarde, dirigentes sindicais visitarão as redações de TVs, jornais e rádios para panfletar, falar aos jornalistas e mobilizá-los para acompanhar o julgamento do recurso do Ministério Público Federal/Sindicato das Empresas de Rádio e TV de São Paulo contra a exigência do diploma pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (01/04), em Brasília.

Na tarde do julgamento, haverá uma vigília no SinjoPE e outra de estudantes e professores na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

A defesa da regulamentação e da formação em Jornalismo para o exercício ético, com qualidade, responsável e democrático é mais que uma tarefa corporativa, é também um interesse da sociedade, para preservar a credibilidade, a liberdade e a independência do profissional, até mesmo para negar-se a cumprir pautas que firam a sua consciência e os interesses da população. Só o mérito e a formação asseguram o acesso democrático à profissão. Esses são primados do bom jornalismo.

Às vésperas do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do recurso nº 511961, o SinjoPE e a FENAJ convocam a categoria para mobilizar-se em defesa da nossa regulamentação profissional.

Jamais houve ataque e ameaças tão grandes ao exercício independente, ético, responsável, de qualidade e democrático do jornalismo no Brasil. A regulamentação da profissão (decreto nº 972/69 e emendas) só trouxe seriedade e credibilidade ao trabalho jornalístico e só o mérito e a formação podem assegurar o acesso democrático à profissão.

SinjoPE e FENAJ ressaltam a crença na necessidade da formação e do conhecimento para o exercício do Jornalismo e a convicção de que o STF saberá respeitar o direito à organização profissional do trabalho jornalístico e o direito da sociedade brasileiro de acessar e receber jornalismo com crédito e lisura.

A regulamentação dos jornalistas brasileiros é resultado de uma luta iniciada há 100 anos, que levou à fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Para a FENAJ e seus Sindicatos, a regulamentação representou um avanço no difícil equilíbrio entre interesses privados e o direito da sociedade à informação livre, plural e democrática.

A sociedade já disse o que quer: jornalista com diploma. A pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, em setembro de 2008, em todo País, mostrou que a maciça maioria do povo - 74,3% dos brasileiros - compreende e quer profissionais jornalistas com formação, por isso é a favor da exigência do diploma em Jornalismo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Poesia pra refletir

A dor da gente não sai no jornal.
A gente não se percebe no jornal.
O negro não se olha no jornal.
O jornal não se entende como jornal.

A dor da gente não sai na TV.
A fome da verdade não sai na telinha.
A obra da imprensa se mostra
e onde se olha

Olha-se a dor,
Olha-se a cor
Olha-se o odor
Olha-se o pensamento da dor.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Retorno da TV Câmara

TV Câmara confirma contato de Gilmar Mendes, mas nega censura
Sérgio Matsuura, do Rio de Janeiro

O diretor da TV Câmara, Manuel Roberto Seabra, confirma que assessores do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, reclamaram com a emissora sobre o programa “Comitê de Imprensa”, exibido no dia 13/03. Entretanto, nega qualquer tentativa de censura.

Segundo Seabra, o programa saiu do seu objetivo, que seria o debate sobre a cobertura da revista Veja no caso das investigações contra o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, e se transformou em um palco de acusações pessoais.

A decisão de retirar o link foi tomada pela própria emissora. A ideia era inserir um direito de resposta no vídeo e recolocá-lo no ar.

“A gente recebeu muitas reclamações sobre a matéria. Ela teria sido ofensiva e saía do tema. Houve uma tentativa de responder a isso, ouvindo as partes atingidas: o ministro Gilmar e um representante da CPI dos grampos. A ideia era inserir isso no programa, como um direito de resposta. Os assessores deles ligaram e reclamaram. Tentamos entrevistar o ministro Gilmar e o representante da CPI, mas como isso não se consumou, resolvemos voltar com o link no ar”, explica.

Mudanças no programaPor causa desse episódio, a TV Câmara pretende reformular o “Comitê de Imprensa”. A partir de agora, as pautas serão mais fechadas e os apresentadores estarão avisados para evitar novos ataques pessoais.

“Só com jornalista acontece isso. Parece que a gente não obedece o que a gente ensina. O episódio chegou a nos envergonhar por não termos o outro lado, mas essa não é a proposta do programa. Não é um programa para acusar ninguém, é para debater a mídia”, afirma Seabra.

No início da semana, o correspondente da Carta Capital em Brasília Leandro Fortes, um dos convidados do programa, afirmou que o link teria sido retirado do site da emissora por pressões do ministro Gilmar Mendes.

Na terça-feira, a Federação Nacional dos Jornalistas protocolou ofício na Câmara dos Deputados pedindo explicações sobre o caso. No mesmo dia, o diretor da Secretaria de Comunicação da Câmara, Sérgio Chacon, emitiu nota negando qualquer tipo de censura, lembrando ainda que o programa foi exibido cinco vezes e ficou com chamada em destaque na página da emissora nos dias 13,14,15 e 16/03.

“Asseguro-lhe que não houve pressão de quem quer que seja para que fosse interrompida sua exibição. Igualmente não foi cerceada a liberdade de expressão dos participantes do ‘Comitê de Imprensa’ e nem ocorreu qualquer tipo de censura ao programa. Tais procedimentos, além de incompatíveis com a prática e a tradição da TV Câmara, são repudiados pela Câmara dos Deputados”, afirmou Chacon.As imagens abaixo mostram o site da emissora no dia 23/03 e hoje.

O link para o vídeo foi recolocado no ar.

Fonte: Site Comunique-se

terça-feira, 24 de março de 2009

Esquerda e direita - Parte 2


Tem umas coisas que acontecem apenas aqui no Brasil que nos deixam intrigados. Depois de todo o escândalo do mensalão (2005), esquema de corrupção e desvio de dinheiro envolvendo o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, que por incrível que possa parecer foi expulso do partido, agora pede clemência. Quer voltar às bases da tal esquerda petista.

E o pior de tudo isso é que ele quer disputar uma vaga para Câmara Federal em 2010. É mole?

Por outro lado, o seu companheiro de quadrilha, José Dirceu, que deixou a Casa Civil por ser considerado o mentor do mensalão, não saiu do partido e continua sendo uma figura austera e procurada pela mídia e por toda base da também chamada esquerda brasileira na qual encontramos diversos elementos de alta periculosidade fazendo parte do bando.

Dirceu discorre textos analíticos em seu blog, cujo tema principal retrata a tal esquerda triunfante nacional e quando o assunto é mudança das figuras que administram o PT, ele é o primeiro a ser consultado.

Se ele tem moral pra isso? Parece que sim. Afinal, quando se sabe muito do que se passa no intestino, no submundo da política nacional vira-se uma referencia no bando. Este papel tem tudo a ver com o Dirceu.

Não há o que se espantar nesse cenário. Até mesmo Fernando Collor quando assumiu a tal presidência da comissão do Senado (fev/2009), trouxe à memória dos esquecidos as parceiras da esquerda com a direita ao citar a reconciliação de Carlos Lacerda com seu arquiinimigo Juscelino Kubitschek e o perdão tranquilo, tranquilo de Luiz Carlos Prestes ao imperador (perdão!), presidente Getulio Vargas, que enviou sua esposa Olga Benário para os campos nazistas.

Ainda bem que existe o registro. Assim, a história não passa despercebida. Amanhã teremos a triste lembrança desses momentos que podem passar por um tempo, mas estarão marcados na memória.

E nós, enquanto imprensa, estamos aqui, para não deixar essa memória morrer.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Poesia

AO ESPELHO

Jorge Luiz Borges

Por que persistes, incessante espelho?
Por que repetes, misterioso irmão,
O menor movimento de minha mão?
Por que na sombra o súbito reflexo?

És o outro eu sobre o qual fala o grego
E desde sempre espreitas. Na brunidura
Da água incerta ou do cristal que dura
Me buscas e é inútil estar cego.

O fato de não te ver e saber-te
Te agrega horror, coisa de magia que ousas
Multiplicar a cifra dessas coisas

Que somos e que abarcam nossa sorte.
Quando eu estiver morto, copiarás outro
E depois outro, e outro, e outro, e outro

Censura à jornalista

CARTA ABERTA AOS JORNALISTAS DO BRASIL
Por Leandro Fortes
Com cópias para:

Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj);
Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); e
Romário Schettino, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF)

No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa intitulado “Comitê de Imprensa”, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional.

A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa, naquele dia, era a reportagem da revista Veja, do fim de semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha.

Eu, assim como Jailton, já havia participado outras vezes do “Comitê de Imprensa”, sempre a convite, para tratar de assuntos os mais diversos relativos ao comportamento e à rotina da imprensa em Brasília. Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual, inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa.

Nesta carta, contudo, falo somente por mim.

Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalista, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico - de áudio nunca revelado - envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista CartaCapital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto.

Terminada a gravação, o programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites da blogosfera.

Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet, sem que me fosse dada nenhuma explicação.

Aliás, nem a mim, nem aos contribuintes e cidadãos brasileiros. Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB de São Paulo, e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido.

Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes.

Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites. Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes?

Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj, e ABI e os sindicatos?

Entrevista Comite de Imprensa - Parte 1

Entrevista Comite de Imprensa - Parte 2

Por que Gilmar Mendes censurou programa da TV Câmara

Gilmar Mendes e Carta Capital

segunda-feira, 16 de março de 2009

Existem esquerda e direita no Brasil? Parte 1

Reportando ao final do século XVIII, no contexto da Revolução Francesa, a propagada “esquerda” e “direita” eram apenas cadeiras na Assembléia Nacional onde os mais radicais, contra o estado superior, se sentavam de um lado (esquerdo) e os que mantinham uma posição a favor do governo ficavam do outro lado (direito).

O ato se tornou conceito ideológico para as correntes socialista (esquerda) e conservadora (direta) e foi alimentado como criança até se tornar adulto/ancião.

Trazendo para os nossos políticos atuais, o discurso ainda leva para o viés de “pegar uma cadeira”.

Afinal, o exercício de se manter, estar no poder, acomoda as coisas em determinados lugares que saem do eixo ideológico e caem na caixa do fisiologismo, corporativismo, ajuntamento e safadeza mesmo.

Vamos aos exemplos? O senador José Sarney (PMDB-AP) foi considerado da direita toda sua vida política, com perfil coronelista e participou de todas as gestões ante e democráticas nesse país.

Agora a frente do Senado (pela 3ª vez) continua com um discurso de consenso e transparência. Opa! Transparência no Senado? Este é o único lugar no Brasil onde não existe esta palavra e nem o significado. Mas ele diz ser um homem de centro.

Fernando Collor (PTB-AL), enxotado de Brasília e da vida política há 17 anos, foi voltando de pouquinho e hoje esta na presidência da comissão de infra-estrutura do Senado (não é da República, mas não deixa de ser uma presidência).

Articulado, mas seguro com as palavras, Collor não perde sua postura imponente de palanque político. Sua passagem histórica em Brasília e a forma como assumiu (e perdeu depois) o poder em 1989 deixou uma marca nacional em termos de estratégia eleitoral a ponto de dividir o marketing político antes e depois dele.

O ex-defunto, ressuscitadíssimo, teve o apoio do poderoso chefão do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Outro que abalou a República, colocou o Senado na lama (e parece que ainda continua lá...) e mexeu com toda estrutura democrática do país e ainda assim tem um poder de fogo que nem os míssies do Hamas lá na Palestina podem ser comparados.

Ainda existem esquerda e direita nesse país? Aguarde a parte 2.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Câmara de Petrolina instala "trem da alegria"



No desespero para atender os diversos pedidos de vereadores e amigos do ‘rei’, a Câmara Municipal de Petrolina instala o "trem da alegria" e aprova de uma lapada só 42 cargos de confiança.

Os cargos servem para acomodar amigos e aderentes. Uns precisam se encaixados para não ficar sem emprego, outros precisam ficar calados porque falam demais e outros precisam falar demais para justificar o que recebe.

A votação relâmpago e cheia de controvérsia teve apoio de partidos considerados de esquerda, como PT, com justificativas tangenciais para também subir no trem da alegria e sair por aí dando tchau aos eleitores boquiabertos.

Absurdo? E tome dinheiro do povo de ralo abaixo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Texto no Observatorio da Imprensa

Gente,
O texto sobre a matéria de Jarbas Vasconcelos postado aqui no blog está também no site do Observatório da Imprensa.

Parece que esse debate tá só começando...

Saúde de Petrolina e Juazeiro na UTI em estado terminal

Impressionante os problemas “semelhantes”, “iguais” e “parecidos” vivenciados por Juazeiro/BA e Petrolina/PE. Perdão o pleonasmo, mas parece que esta é única forma de apresentar com certa ênfase o estado terminal em que se encontra a saúde pública das duas cidades desde o inicio (que não é tão inicio assim) das gestões municipais.

Enquanto os vereadores das duas cidades estão mais preocupados em arrumar cargos para colegas e parentes em uma das tetas do serviço público o debate vai rolando pela imprensa como se a mesma fosse o guarda-chuva governamental para resolver as questões.

Na outra ponta, os postos de saúde estão sem médico, medicamentos e atendimento. Os prédios são sujos e com aspectos de ausência de manutenção.

As pessoas formam filas quilométricas durante a madrugada para receberem um “NÃO PODE SER ATENDIDO HOJE”, ou “NÃO TEM MÉDICO”.

Os problemas semelhantes das duas cidades parecem ecoar na narrativa defensiva seja por parte dos secretários de saúde ou pelas assessorias de comunicação que elaboram discursos quase parecidos em relação aos problemas.

O texto pode ser copiado na integra de todas as gestões publicas anteriores que assumiram prefeituras de oposição sem a tal continuidade, ou seja, ausência e desvio de verba, herança da gestão anterior, problema nacional.... e por aí vai.

E o que diz a sociedade? Esta esperneia nas rádios e agita os locutores sensacionalistas que na busca de preencherem o tempo de programação instigam o debate através de perguntas e “liga pra gente” na tentativa de mostrar que alguma coisa está sendo feita.

Pra completar o espetáculo, entra em cena o presidente de associação que lutando por uma imagem midiática positiva vai mandar a fatura na próxima eleição quando o mesmo se diz candidato a vereador para “mudar esta situação”, “lutar pelos oprimidos”, por aqueles que não tem acesso aos bens e serviços... patati-patata...

Ainda no meio dessa parafernália vem um discurso de uma senhora que ao ligar para o rádio explica bem direitinho a imagem que ela tem dos políticos: “todos são bonzinhos e passam lá em casa de 4 em 4 anos para pedir o meu voto. Me abraça e aperta a minha mão e ainda diz que posso contar com ele em qualquer momento. Depois da eleição ele nunca está no gabinete para me atender ou melhor diz que não se lembra de mim, mas promete fazer alguma coisa....”.