sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O que o povo pensa dos políticos?


Imagem desgastada, falta de credibilidade, foro privilegiado, confiança na impunidade, uso e abuso do poder público e banana para os eleitores. Este é o perfil dos políticos brasileiros que ao longo de toda uma trajetória de negociatas e falcatruas constroem uma barreira intransponível para se manter no poder e que aos olhos da sociedade eles são tidos como resíduos tóxicos à população.

O resultado da pesquisa encomendada pela Justiça Eleitoral ao Instituto Nexus e à Cultura Data (final de janeiro/2008) mostra e prova que os eleitores brasileiros acham que “todos os políticos são corruptos” e que nada fazem em prol do povo.

Povo este que durante os três meses que antecedem as eleicões recebe visitas, abraços, risos, simpatia, promessas e tudo que pode contribuir para se conquistar um voto.

Povo este que tem seus olhos mergulhados em lágrimas de emoção e paixão ao ver seu candidato acenando pelas ruas da sua comunidade.

Este povo elege representantes para legitimar a democracia. Para que a sociedade possa ser ouvida e participante das decisões políticas a partir dessa representação.

Este mesmo povo que é tido como cultura de massa, grupo homogênio, aglomerado, a maioria... é excluído da estatística onde se socializa os ganhos, mas é incluído numericamente, inclusive, quando é para se repartir as perdas.

Como as eleições ocorrem de dois em dois anos, os preparativos, a logística, o marketing de imagem começam a entrar em cena muito antes dos três meses que antecedem o pleito. Isso porque se faz necessário planejamento, contagem numérica de votos, conchavos entre pares e possíveis agregados, caçada aos níqueis, montagem preliminar dos palanques.

Neste momento, os leões, os lobos e as cobras se armam com todas as ferramentas que lhes competem. Com unhas afiadas, olhos sorrateiros e arrastões elegantes eles querem fazer parte da nossa casa, da nossa vida para que amanhã o nosso voto seja computado para eleger mais um engodo que de representante do povo tem apenas a fachada.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Poxa... valeu Amarildo


Deu na Coluna JC Repórter

Gente,
Essa eu não posso deixar de pescar e colar.... Scarpa fazendo a coluna JC Repórter acontecer...


Arte da conspiração

Publicado em 28.02.2008
Coluna JC Repórter - Jornal do Commercio

É engraçado como toda vez que os petistas se vêem enrolados em denúncias fazem ressurgir a tese do complô, da conspiração. Ou a arte de encobrir o assunto principal. Foi assim quando a PF e o Ministério Público Federal complicaram a vida de Humberto Costa (PT) e, agora, com a Finatec. O curioso é que, nos dois casos, as investigações tiveram origem fora de Pernambuco. Se a Finatec fez pelo Recife tudo que a PCR diz que ela fez, talvez fosse o caso de João Paulo (PT) ter indicado candidato um dos consultores da empresa em vez de João da Costa. Pelo que se lê, ouve e vê, a Finatec, sim, é a responsável pelo “sucesso” da gestão petista, como já apontou o colunista deste JC Fernando Castilho. Em 2004, após a contratação sem licitação da Finatec, as críticas foram muitas: já se perguntava o porquê de pegar uma consultoria de fora com tantos consultores no Recife.

Assim é demais...


domingo, 24 de fevereiro de 2008

A gente sofre....


A mídia fazendo o seu papel

Quando questionamos que a imprensa fica adormecida em determinados momentos ou pauta os assuntos apenas pelo espetáculo da notícia, vez ou outra essa mesma mídia toma vergonha e põe pra fora o que ela sabe fazer de melhor: informar.

A matéria do Jornal do Commercio deste domingo (veja abaixo) contribui para que possamos refletir como cidadão que atitude vamos tomar diante dos nossos inoperantes parlamentares.

Legislativo

Um Poder sem poder
Publicado em 24.02.2008 no Jornal do Commercio

Enfraquecido por sucessivas crises e pela burocracia na elaboração de leis, Parlamento sofre com o desgaste da sua imagem

Sérgio Montenegro Filho
smontenegro@jc.com.br

Criado para funcionar como a voz oficial da sociedade, o Poder Legislativo vem, ao longo dos últimos anos, perdendo sua força e amargando uma séria crise de confiança exatamente junto a quem deveria representar. Abalado por sucessivos escândalos, legislando cada vez menos – e sempre à base de acordos políticos –, e com a credibilidade em baixa, o Congresso Nacional é o maior exemplo do enfraquecimento do Poder, que é composto, ainda, pelas assembléias estaduais e as câmaras municipais. O Legislativo brasileiro cumpre o que previu, no final do século passado, o filósofo político italiano Norberto Bobbio, ao afirmar que o mundo estava vivendo “o ocaso do Parlamento”.

Especialistas, ex-parlamentares e até alguns deputados e senadores na ativa concordam que é hora de promover uma reformulação profunda na instituição como saída para restituir-lhe força suficiente para se livrar das interferências do Executivo e do Judiciário. Por mais que tentem, os parlamentares não conseguem votar leis de forma ágil. Como conseqüência, acusam o governo federal de exceder-se na edição de medidas provisórias, instrumento criado pela Emenda Constitucional 32, que concede ao Executivo o poder de promulgar dispositivos legais de imediato, deixando para depois a chancela do Legislativo. E enquanto não são votadas, as MPs trancam a pauta do Congresso evitando que qualquer outra matéria seja apreciada.

As queixas dos parlamentares também recaem, vez por outra, sobre o Judiciário, que tem utilizado sua prerrogativa de promulgar resoluções oficiais, antecipando-se a medidas que deixam de ser votadas no Congresso por pura falta de agilidade. “O primeiro requisito para um Parlamento é funcionar. Em qualquer país decente se vota uma lei em oito dias. Aqui, leva meses. É preciso encontrar uma maneira de analisar os projetos sem passar por tantas comissões nas duas casas”, analisa o advogado José Paulo Cavalcanti, estudioso do assunto.

Segundo ele, somente uma reforma política eficaz faria o Congresso funcionar, porque no modelo atual, a votação de leis tem se tornado impraticável. “Mas os parlamentares não querem a reforma. Querem sempre algo que favoreça a reeleição deles. É uma questão ética, e não uma questão política”, sentencia. “Desse jeito, não tem porque estarem se queixando das medidas provisórias. Eles não legislam, e sem elas, o país pára”, reforça.

CARGOS E FAVORES

Fundada com o objetivo de fiscalizar e propor medidas saneadoras para os órgãos governamentais, a ONG Transparência Brasil faz duras críticas à atuação do Congresso Nacional, assembléias estaduais e câmaras de vereadores. De acordo com o coordenador da entidade, Cláudio Weber Abramo, o Legislativo brasileiro está desfigurado, se transformou num “balcão de negócios” e, mesmo que alguns dos seus integrantes não concordem, não conseguem reverter a situação.

“O Legislativo está totalmente coptado. Em troca de cargos e favores, presta os serviços que o Executivo quer. É um Poder sem força própria porque se submete a isso”, diz Abramo, responsabilizando a própria Constituição Federal pela situação. “A Carta garante à Presidência da República um poder excessivo de distribuir cargos e verbas, transformando o Legislativo numa usina de corrupção. Só se muda isso mexendo no arcabouço institucional, com uma reforma constitucional, a revisão dos códigos de processo civil e penal e a criação de mecanismos externos de controle”, acrescenta.

Análise semelhante é feita por Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). O organismo foi criado em 1983 para acompanhar o desempenho dos deputados e senadores, e divulga avaliações periódicas dos “melhores e piores” parlamentares. “Enquanto o Congresso não resolver seus próprios problemas, não legislar e ficar barganhando, vai continuar sendo atropelado pelo Executivo e Judiciário”, afirma.

Segundo Verlaine, a reforma política que começou a ser discutida no ano passado tocava em aspectos importantes para reformular o Poder, como a mudança nas eleições proporcionais, mas foi implodida por parlamentares que temiam prejudicar seus próprios interesses. “É um sistema que já dura mais de 60 anos e ninguém quer mudar. A maioria dos parlamentares passa ao largo das grandes questões nacionais. Eleitos sem uma plataforma, vão legislar de acordo com seus interesses, sem compromissos partidários ou ideológicos”, completa.

Legislativo II

A mais recente pesquisa de opinião pública sobre o desempenho do Congresso Nacional – divulgada na semana passada – não trouxe resultados animadores para os parlamentares, mas reflete bem o clima de desgaste da imagem do Legislativo.

Realizado pelo Instituto Sensus, sob encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), o levantamento lista o Congresso como a instituição com menor índice de credibilidade entre os brasileiros. Enquanto a Igreja se mantém líder na confiança da população, com 39,4%, o Judiciário aparece com 11,3% e o Executivo com 4,4%, o Congresso obteve parcos 0,5% das citações. Em outubro do ano passado, na pesquisa anterior, a situação era – se é que se pode dizer – um pouco melhor: 1,1% da população dizia confiar no Legislativo federal.

Alguns parlamentares reconhecem a situação, mas não deixam de se empenhar para tentar soerguer a combalida imagem do Poder. A preocupação ficou clara no discurso do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), na sessão abertura dos trabalhos do Congresso, no início do mês. O peemedebista cobrou uma reflexão dos parlamentares sobre a perda de força da instituição, “que tem estado aquém das expectativas nacionais”.

Embora tenha destacado a centralização de poder pela União, prevista pela Constituição, Alves advertiu: “Não se pode ocultar que a atividade precípua do Parlamento, qual seja a de legislar, se tem atrofiado dia após dia. É preciso identificar as causas desse processo, que atrai para a vida política do País perigosos limites para a democracia, na medida em que os representantes diretamente eleitos pelo povo estão sendo alijados do processo de elaboração legislativa e de tomada das decisões nacionais”, disse.

Em discurso semelhante, na semana passada, o deputado pernambucano Roberto Magalhães (DEM), alertou sobre a necessidade de recuperar a imagem do Congresso. Magalhães integra a comissão especial que tenta revisar a Emenda Constitucional 32, aquela que dá poderes ao presidente da República para legislar por meio de medidas provisórias, instrumento que o parlamentar aponta como um dos principais responsáveis pelo enfraquecimento do Legislativo.

“Propusemos a reforma política e fomos derrotados. O grosso dos deputados federais, independente de partidos, não quiseram mudar o status quo. Mesmo com a população avaliando mal a imagem da Casa. São os que têm um eleitorado cativo, de clientela, e não dão importância ao pensamento da opinião pública”, criticou Magalhães, reforçando as críticas de Garibaldi Alves aos “excessos” do Executivo. “O presidencialismo do Brasil é imperial, o presidente tem poderes enormes”. Numa crítica direta, o deputado apresentou números do Bolsa Família – carro-chefe do governo Lula – previstos para Pernambuco este ano. “O programa vai beneficiar 905.919 famílias, com quase 428 milhões de reais ao ano. Corresponde a 3,4 milhões de habitantes, cerca de 40% da população do Estado. Isso significa muito na eleição”, afirmou.

Para o ex-deputado federal Fernando Lyra, é impossível comparar o Congresso Nacional atual com o de um passado recente, do qual ele próprio fez parte durante quase trinta anos (1972-1998), mas há um ponto em comum: o trabalho de legislar é escasso. “A diferença é que fazíamos poucas leis porque a ditadura militar não deixava. Mas o Poder tinha força política, porque lutava contra um regime. Hoje, o Congresso legisla pouco porque se preocupa com acordos e negociações ”, compara, advertindo: “Precisa haver uma reforma política urgente, porque as questões nacionais estão sendo discutidas no varejo, e isso enfraquece o Legislativo”.

O ex-parlamentar – ministro da Justiça no governo de José Sarney – responsabiliza os partidos pela descaracterização do Parlamento. Segundo ele, as siglas jamais existiram no Brasil no formato adequado. “Não têm unidade, nitidez, sintonia ou programas. Só existem como aglomerados. Isso desfigura o Congresso Nacional”, diz, defendendo a chamada “verdade eleitoral”, segundo a qual, os deputados mais votados são eleitos, sem cálculos matemáticos.

“A partir daí, cada um que chegasse ao Legislativo respaldado por um bom número de votos teria a obrigação de buscar uma afinidade programática e se formariam grupos em torno de objetivos comuns, independente dos partidos”, explica Lyra. “Agora, essa transição é lenta, não vai acontecer em um ou dois anos. Só é preciso que ela comece, o que não aconteceu até o momento porque não se elegeram as prioridades”, conclui.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Quando os larápios não se entendem a baixaria reina



Achando poucos os escândalos sucessivos do Congresso Nacional em especial o Senado, parece mesmo que os larápios não conseguem se entender.

Usando a prerrogativa da linguagem chula e desqualificada, os senadores trocam insultos, empurrões e baixa o nível do discurso a ponto de se ver os dejetos que estão reinando de forma absoluta na Casa Alta.

Não bastando ainda empacar a pauta do Congresso com CPI pra cá, CPMI pra lá, lavar roupa suja, pratos e cuecas parecem ser o desejo dos nossos representantes em Brasília. Pra variar a questão gira em torno, sempre, do discurso oposição X situação.

De um lado a oposição faz questionamentos para que o governo mostre transparência no uso dos cartões corporativos. Depois de tanta exposição pela própria imprensa sobre o tema será que ainda tem lixo debaixo do tapete?

Por sua vez o governo quer justificar o injustificável através de uma volta ao passado, ou melhor, ao governo Fernando Henrique para mostrar que furtar o dinheiro público não é um privilégio dessa gestão e sim de tantas outras que assumiram anteriormente.

Enquanto isso, o que a sociedade quer saber mesmo é quando todos, independentemente de cargo, gestão, governo e partidos vão pagar legalmente, financeiramente e judicialmente pelo roubo.

O que a sociedade quer saber mesmo é se todos serão rigorosamente punidos. O resto é papo pra boi dormir.

Até o discurso do PT de Petrolina não é mais o mesmo

Quem ainda é fã de carteirinha do PT e escutou a deputada estadual Isabel Cristina em entrevista com várias emissoras de rádio essa semana sobre a indicação do novo superintendente da Codevasf, Luís Frota, deve ter dado um nó na garganta e uma baita dor de ouvidos ao entender que a primeira mulher negra do Sertão que assumiu uma cadeira na Assembléia Legislativa de Pernambuco afirmou de forma categoria que “o PT não briga por cargos em nível nacional... lutamos por projetos”.

Mais pragmática ainda, Isabel enfatiza “ isso não é uma prática do PT”. E como se quisesse deixar claro que o discurso estava sendo feito para exercitar o debate a deputada sai com um texto de deixar qualquer ouvinte que acompanha as noticias da imprensa local de boca aberta: “a discussão sobre a Codevasf não tinha nada a ver com as eleições municipais”.

Para completar a obra ao ser indagada por um repórter sobre a participação do deputado Gonzaga Patriota no processo de indicação do cargo, ela solta correndo uma resposta: “ Gonzaga Patriota não traiu a base assinando com Fernando Bezerra Filho a indicação do superintendente da Codevasf”.

Longe de querer duvidar das melhores intenções desse partido para com a região é bem louvável que possamos analisar com carinho os discursos que estão sendo apresentados para que possamos comparar com tudo que até então vem sendo praticado em nível nacional.

O desenho do cenário eleitoral está tomando corpo. Em pouco tempo os atores entram em cena.

A gente quer saber o que fazer....


O blog presta serviços

A matéria que segue abaixo saiu ontem (21/02/08) no JC Online.

No sentido de ajudar a polícia e sobretudo para que os crimes neste país NÃO fiquem impunes, o blog tem o compromisso também de prestar um serviço a sociedade.

Como o blog é muito lido (graças a Deus..) em Juazeiro e outras cidades vizinhas, resolvi reproduzir o matérial numa forma de divulgar a informação.

Afinal, a sociedade somos nós...que pagamos impostos, não matamos...

Disque-Denúncia paga R$ 20 mil por informações sobre Lula Soares

Publicado 21.02.08 às 11h28

Do JC OnLine
Com informações da Rádio Jornal em Recife

O Disque-Denúncia de Pernambuco lançou, nesta quinta-feira (21), a primeira campanha de procurados de 2008. O serviço anunciou o pagamento de R$ 20 mil por informações que levem a Luiz Soares da Silva, o Lula Soares, ex-prefeito da cidada alagoana de Novo Lino. Ele é acusado por mais de 40 homicídios nos estados de Alagoas e Pernambuco.


Entre as vítimas do político está o comerciante Joselito Sales de Souza, seu primo em segundo grau. Joselito, que era dono de uma oficina mecânica na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, foi morto em frente ao estabelecimento em agosto do ano passado.


Para o coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, o serviço é fundamental para ajudar a polícia a prender Lula Soares. "Ele goza de proteção política e somente com denúncia anônima seremos capaz de furar essa barreira", diz Zeca Borges.


O Disque Denúncia de Pernambuco funciona diariamente, no horário das 7h à 0h, e atende pelo telefones (81) 3421.9595 (Recife e Região Metropolitana) e (81) 3719.4545 (demais regiões do Estado). O serviço garante o total anonimato do denunciante, além da oferta de recompensa, caso a denúncia seja confirmada.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Brincando com o dinheiro do povo

Parece natural que políticos e lobistas façam reuniões semanais para arquitetarem como conseguir mais verbas para bancar campanhas eleitorais e ajustar débitos com os pares na hora de aprovar emendas no Congresso.

Tudo leva ao entendimento dos roedores de carteirinha que o dinheiro que entra nos cofres públicos é de todos. O governo estimula a não sonegação de impostos e trabalha na calada da noite para administrar as diversas quantias que entram para o bolso de uns e dividendos para o bolso de outros.

Fiscalizar gastos de governos não é uma tarefa difícil. Afinal, os sites Transparência Brasil , Congresso em Foco estão aí fazendo o seu papel. As diversas formas de cobrar maior clareza das contas públicas estão funcionando de forma até eficiente.

Não estamos falando, necessariamente dos gastos de um governo ou de outro. Até porque a diferença ou a forma como o dinheiro é desviado e aplicado muda apenas de figurantes. O sentido e o propósito são o mesmo.

O pior desfecho dessa falcatrua não é saber especificamente que o montante mais representativo desse desvio está se dando no governo do PT e sim ter consciência como cidadão e participante desta sociedade que a impunidade sobre esses larápios vai reinar de forma absoluta.

É exatamente essa impunidade, o nada acontece, tudo termina em pizza, quem tem dinheiro e poder não é preso... que faz esses expects da roubalheira continuar. Não desistir nunca. Não ter medo de ser apanhado com a mão na botija.

Portanto, que tal olharmos para o futuro tão próximo imaginando que nós, enquanto eleitor, podemos limpar essa carniça institucional chamada vulgarmente de classe política, a partir do nosso voto.

A mudança começa com uma atitude. O voto parece ser um dos caminhos.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Água de Petrolina em capítulos...

A novela da água de Petrolina com participação da Compesa e prefeitura ainda está longe dos capítulos finais.

Na época em que Fernando Bezerra Coelho era prefeito da cidade e não super secretário do governo Eduardo Campos (PSB) a briga pela administração da água de Petrolina era de foice.

Discurso vem. Discurso vai. A novela criou fama e bateu na capital. E o petrolinense resignado, acreditado que iria pagar menos taxas de esgoto, ia ter água de melhor qualidade e sonhavam com o líquido precioso em todos as torneiras. É bom registrar que a Compesa afirma que mesmo tendo uma aparência amarelada e algum cheiro não muito agradável, a água que chega nas residências é de qualidade.

Longe do desfecho a novela parece traçar novos roteiros. Afinal, a insatisfação é generalizada. Bairros inteiros sem água durante semanas. E a conta chegando. Esgotos entupidos com uma fedentina de fazer qualquer gambá morrer. E a conta chegando. Discurso e mais discurso de melhoria do abastecimento nas zonas periféricas. O povo esperando e a conta chegando...

Entre um capitulo e outro da novela os figurantes entram em cena para apimentar a obra: vereadores defendendo a comunidade (tudo sem nenhum interesse); presidentes de associações vão ao rádio (também sem nenhum interesse pessoal); grupos de mães fazem movimentos de rua e outras tantas manifestações.

Diante do suspense quanto o desfecho resta saber o que pensa o super secretário Fernando Bezerra Coelho sobre a lentidão que se arrasta essa novela que teve começo na sua gestão. Se até então nada foi feito para ajustar a problemática, será que a novela terá um fim?
O que fará a Compesa para atender a tantos pedidos? Como a prefeitura vai interferir no processo?

Para os que acompanham a novela Água de Petrolina continuem atentos aos próximos capítulos.

Afinal, muita água ainda vai rolar...

A gente chora...


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Agora a mídia não presta


A tirar pelas críticas que muitos petistas fazem a mídia parece até que nunca na história desse país o PT foi exaltado e cantado em versos e prosas pela grande imprensa.

Em outras épocas, não muito distante, era essa tal imprensa que hoje é chamada de “mídia golpista”, a narradora e representante das bandeiras desse partido num momento em a repressão de governos autoritários davam o mote da política nacional.

Até então, as greves eram instigadas pelos chamados partidos de esquerda que tinham compromisso com o operário para que as mudanças fossem feitas em prol dos grupos não favorecidos pela tal elite dominante.

A imprensa, que sempre resistiu ao fechamento do uso da palavra falada ou escrita, era praticamente a única possibilidade para esses partidos se expressarem com dignidade.

Nas ruas as passeatas, as greves... foram tão bem cobertas em muitos momentos de crise que jamais um partido de esquerda ousaria dizer que a imprensa era golpista ou estava orquestrando tirar um ministro da casa civil, um presidente da República ou qualquer coisa parecida.

Quando estamos com uma ferida e alguém toca e não assopra culpamos sempre quem bateu em nós. Na verdade, a ferida é nossa.

A despeito das falhas imensuráveis da mídia, fatos estes que deixaram marcas profundas na história da imprensa brasileira, algumas coisas devem ser creditadas como ações louváveis a nossa imprensa a exemplo das informações que contribuíram para elucidar muitos dos escândalos, corrupções e roubalheiras dos governos para que eles não passassem ilesos diante dos olhos da sociedade.

E agora o discurso do PT é que a grande imprensa está sempre voltada para derrubar o governo, o presidente e o partido em especial.
Agora a mídia não presta.
Parece até que cabe a imprensa desvendar o grande mistério que existe quando a esquerda chega ao poder.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Depois do Carnaval...

Tudo neste país só começa a funcionar depois do Carnaval. Como este ano ele aconteceu mais cedo, de 02 a 05/02, parece que o ano começa mesmo dia 11/02.

Começam a disputa pelas coligações, definições partidárias e eleições municipais. A pauta da imprensa está pontuada entre os escândalos do governo federal, as indefinições dos governos estaduais e as negociatas municipais.

Na banda dos representantes políticos os encontros e reuniões viram mania. Tudo regado a muita viagem de jatinhos, almoços em uma cidade e jantar em outra, onde políticos e assessores mapeiam os redutos eleitorais. Vale ressaltar as várias canetadas para liberação de verba ali, inauguração aqui e apadrinhamento lá.

Outro instrumento importante para esses encontros é a máquina de calcular voto. Quanto custa o voto em tal local??

Entre conflitos e conchavos vai se consolidando o cenário eleitoral que em alguns lugares está mais para espetáculo trágico-cômico do que mesmo um romance inovador.

Nessas ações voltadas unicamente para o interesse coletivo dos representantes políticos e nunca da sociedade, caminhamos a espera dos possíveis candidatos mamadores das tetas municipais às vagas das prefeituras e câmaras.

Mídia X verdade

Vinte e cinco por cento da população brasileira com maior renda familiar têm mais confiança na mídia (64%) do que em empresas (61%), Ongs (51%), instituições religiosas (48%) ou até mesmo em seu próprio governo. Os dados fazem parte do Estudo Anual de Confiança da Edelman, empresa de relações públicas. Segundo o levantamento, o Brasil é o terceiro país onde a imprensa tem maior índice de credibilidade, ficando atrás apenas do México (66%) e da Índia (65%). * Fonte: Comunique-se

Depois desse estudo o compromisso da grande imprensa com a sociedade aumentou, e muito.

Afinal, os veículos de comunicação assumem, muitas vezes, a função das instituições governamentais criadas para atender aos anseios da população. Por um lado, levanta questões pertinentes ao dia-a-dia da comunidade, por outro discorre entre as falas do povo e dos responsáveis.

Entre uma reflexão e outra, as pessoas questionam, buscam novas informações e procuram caminhos e a mídia contribui, sim, com as mudanças da estrutura societária.
O que dizer dessa mídia que ora tem se saído como testemunha cabal de uma sociedade espezinhada, maltratada e sofrida e ora tem deslizado de maneira cruel com pouco cuidado no tratamento do que é apurado.

Entre a cruz e a coroa parece mesmo que a mídia segue ilesa entre seus pares e nos olhares atentos de uma sociedade formadora de opinião que creditou a grande imprensa 64% das suas vidas, das suas respostas, dos seus desejos de transformação e da possibilidade de fazer algo novo acontecer neste Brasil.

Enquanto isso... nossos representantes políticos estão no ora vejam só...

* Ainda sobre a matéria do site Comunique-se vale lembrar que "A credibilidade nos blogs chamou a atenção. A Rússia foi o país que mais mostrou credibilidade, com 34%, seguida pela China (33%), Índia (29%) e Brasil (21%). Quando entram na internet, 46% dos brasileiros já lêem blogs."