sexta-feira, 7 de março de 2008

O discurso da Compesa de Petrolina e a realidade do dia-a-dia

Alguma coisa não bate muito bem entre o discurso da Compensa de Petrolina em relação a qualidade da água e a sua distribuição e o reclame das comunidades que vivem no entorno da cidade e até mesmo em bairros ditos privilegiados.

E o que tem a água de Petrolina? Cor meio amarela, cheiro duvidoso e ainda assim escassez do produto. Esse é o diagnóstico de uma cidade que vive as margens plácidas do rio São Francisco e convive diariamente com a ausência da água nas residências e quando a tem sofre também pela qualidade que a mesma, na aparência, não tem.

Longe de querer analisar as questões técnicas e de controle sanitário em relação ao produto, o consumidor vive um dilema quase que sem solução.

Reclama à instituição pela ausência da água, mostra que a mesma em muitos locais chega a estar com gosto salobro ou aparentando um excesso de cloro, pede explicações plausíveis e que seja apresentada de forma clara, e quando muito a empresa vai aos meios de comunicação responder os reclames e dizer que as providencias estão, sempre, sendo tomadas.

Para completar o quadro clínico, o consumidor pode até ficar sem o produto nas torneiras da sua casa, agora se deixar de pagar a conta no final do mês, até mesmo as poucas gostas água que vez ou outra ele recebe, serão cortadas, claro.

E falando em Compesa, parece que o serviço que a mesma vem fazendo atrás da Codevasf, que já se arrasta por meses, está mesmo andando a passos de tartaruga em companhia de uma preguiça. O transtorno deste trabalho, numa avenida sempre muito movimentada, onde vários acidentes graves já aconteceram, parece também não chega a incomodar os dirigentes da instituição.

Afinal, quando o problema não está ou não faz parte da nossa realidade por que a gente tem que se preocupar, não é mesmo?

2 comentários:

  1. Teresa,

    Seu blog é 10!

    Em relação à qualidade de água, tenho medo em relação à Saúde Pública por motivos que vou declarar:

    1 – O tratamento/qualidade da água par consumo (de Petrolina) é uma responsabilidade estadual, logo demandando recursos estaduais;

    2 – As doenças oriundas da má qualidade da água, no geral tem como sintomas: dor de cabeça, tontura, febre, diarréia... muito fácil de se diagnosticar como VIROSES, DENGUE – nesses casos, os recursos são federais.

    Doenças essas que despistam foco na qualidade da água, mas os sintomas não. Isso acontece também em Juazeiro, onde o trtamento da água/saneamento é feito com recursos municipais enquanto as velhas desculpas pelos sintomas são direcionadas a recursos federais.

    O que eu estou querendo dizer é que: está sendo muito mais fácil resolver o problema desse povo com medidas corretivas do que preventivas. Isso sim me dá medo!

    Fui gerente de uma empresa que opera com produtos químicos para tratamento de água e discutíamos muito isso em nossas reuniões estratégicas, o que deu origem a uma nova tecnologia capaz de reduzir os custos com tratamento de água, mas aí já é um caso comercial da empresa, não vale aprofundar mais no assunto.

    Abraços, e parabéns pelo blog!!!! De vez em quando dou uma “espiadinha”!!!

    Hesler Caffé
    adm.caffe@gmail.com

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  2. Hesler,
    Obrigada pelo acesso e esclarecimentos. Isso deve ajudar a muita gente.
    Abs,
    Teresa

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