Após anos de resistência a demandas para a divulgação na Internet de informações sobre a atividade de seus integrantes, em 2008 o Senado finalmente começou a publicar dados sobre os recursos que seus parlamentares embolsam para correios, combustíveis, aluguel de escritório e outras despesas.
Contudo, o Senado, ao contrário da Câmara dos Deputados, ainda dificulta o acesso a informação sobre a presença dos senadores ao trabalho, sobre gastos com viagens dos parlamentares e sobre despesas com vencimentos dos “assessores”.
O estudo “As verbas de gabinete no Senado” leva em conta os dados verificáveis em 15 de abril de 2008. Essas informações, entre outros dados, como processos na Justiça e financiamento eleitoral, podem ser consultadas no Excelências, projeto da Transparência Brasil.
Eis algumas das constatações sobre o uso de verba “indenizatória” entre fevereiro e abril no Senado:
- Os 73 senadores que prestaram conta embolsaram R$ 1,604 milhão no período;
- A maior fatia, R$ 621 mil, foi consumida em na categoria que inclui transporte, alimentação, estadia e combustível. Seis senadores informaram gastos superiores a R$ 20 mil nesse item;
- Em “divulgação da atividade parlamentar” e “consultorias”, 54 senadores gastaram R$ 556 mil. Nessa item, três apresentaram despesas iguais ou superiores a R$ 30 mil;
- Em “aluguel de escritório político” foram quase R$ 430 mil. Sete senadores declararam despesas superiores a R$ 15 mil;
- O Excelências é o único sítio de Internet em que são visualizadas essas diferentes famílias de informação sobre parlamentares eleitos. O projeto venceu o Prêmio Esso de Reportagem de 2006 na categoria "Melhor contribuição à imprensa".
Fonte: Transparência Brasil
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