segunda-feira, 2 de julho de 2007

A mídia, os candidatos (atores) e as eleições

Ao se aproximar de uma nova eleição, todo o cuidado é pouco quando se trata de analisar o perfil dos novos e antigos candidatos, atores, e os que dizem que estão com a bandeira da renovação das bancadas.
Considerando a eleição de 2008 um pleito muito mais intimista, já que os atores que interpretam as cenas estão ligados ao munícipio, Câmara de Vereadores e prefeitura, qualquer deslize do eleitor a máquina passa por cima.

Hoje, estamos vivendo um momento muito delicado. Afinal, as antigas lobas estão adormecidas do ponto de vista de exposição e trabalham nos bastidores da mídia, na retaguarda. Não vão até o front, mas têm a função estrategista. Estão atrás ou ao lado dos protagonistas.

Nessa tribo de índios nada inocentes e onde o que prevalece é a cultura do toma lá, me dá cá, as caras pintadas, que no governo Collor representavam a indignação dos jovens, hoje são novas figura que fazem parte da universidade cleptomaniaca. Para entrar nesta escola não é nada complicado. Basta ter um curriculo exemplar de falcatruas, mostrar páginas e páginas de negociatas ilícitas e de preferência ter bons amigos da infância que comungam desde o primário com esta opção de vida.

Examinando a mídia local, percebemos que o momento é de exposição de muitos caciques que vivem na busca de tomar conta de qualquer uma das tribos na região. Por isso que a fama de que a política no interior é mais quente, faz muito sentido. Muitas dessas figuras, ou melhor, dessas gravuras vivem pintando nos microfones das rádios, nas páginas dos jornais locais, nas colunas sociais, em eventos festivos em homenagem a presidentes de associação de bairro e até no aniversário das bonecas da secretária de gabinete.

Caro eleitor, este é um momento de muito cuidado. Afinal, falta pouco mais de um ano para o pleito. E a costura de quem vai para os holofotes ou fica atrás do balcão pode ser pontuada ou não por aqueles que detem o poder financeiro, da mídia, dos “amigos”, das negociatas. Este é um momento crucial para os preparativos à exposição. Afinal, eleição é um ato simbólico, festivo, emocionante, relevante... onde todo aquele que quer chegar ao poder diz que amo os oprimidos, que sua bandeira é contra a injustiça, que sua luta é contra a elite, a burguesia (a palavra voltou à moda), os desmandos... os que estão aí nada fazem. O discurso é der ordem e é mais ou menos o mesmo, muda apenas os atores. Quem já não ouviu candidatos em reuniões de bairro e nos comícios narrarem os seguintes textos: quando for eleito desenvolverei projetos de melhorias para esta rua; buscando também mais escolas, postos de sáude para este bairro. Vocês estão cansados dessa situação... ninguém aguenta mais... precisamos mudar, renovar este quadro... vamos nos unir... o povo tem quem ir para o poder. O poder é do povo. A saúde é do povo. Eu... fulano de tal digo e faço. Vocês conhecem a minha história.... pa-ta-ti, pa-ta-ta...

Todo cuidado é pouco, eleitor. Todo cuidado é fundandamental locutores, jornalistas, reporteres... vocês representam o canal de exposição dos larápios. Daqueles que se dizem baluartes da verdade, da honestidade, decência, hombridade. Quem são eles? Ontem, era seu José, presidente da associação. Hoje, é seu José que assumiu uma cadeira na Câmara de Vereadores e quando está no bairro mal fala com o vizinho. Quem são os verdadeiramente candidatos ao pleito de 2008? Você conhece seu histórico? Seu passado? As negocições que eles estão fazendo hoje? O seu discurso de “bom homem, temente a Deus”. Muitos chegam a usar a Palavra de Deus, o Evangelho da libertação para conquistar fieis das igrejas. Fazem todo tipo de jogo para chegar ao poder. O seu discurso e a sua prática nada têm a ver com os conceitos evangélicos, mas que enganam os que pouco conhecem a verdadeira palavra de Deus.

Eleitores não se deixem enganar por lobos travestidos de vovozinha. Não é aquela forma enfática e emocionante que muitos políticos (todos praticamente) defendem suas idéias que credibilizam o que eles dizem. É a prática do que eles dizem que ratifica ou não o discurso. Nossa maior arma é o voto. Esta arma jamais pode ser objeto de negociação. Jamais pode ser desvalorizada. Muito pelo contrário, é o seu voto, o meu voto, o nosso voto que juntos faremos novas escolhas, mudaremos os atores e aí sim, poderemos ter uma novela com final feliz.

1 comentários:

  1. [Eisla]
    Teresa, ache de suma importancia o seu texto falando um pouco da situação política do país. Hoje como você mesma disse "todo cuidado é pouco". É importante que as pessoas fiquem atentas aos "atores" que irão se candidatar. Abraços

    02/07/2007 08:46

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