Usar esta frase em qualquer rua movimentada das médias ou grandes cidades brasileiras faz muita gente ter medo, procurar o ladrão e verificar a bolsa. Agora, se gritar pega ladrão dentro do Congresso Nacional a repercussão é totalmente diferente. Todos ficam paralisados, inertes, não saem do lugar e olham desconfiados para saber de quem estão falando, se de um ou de outro.
É triste saber disso. É triste saber que ao sair um desses larápios do Senado (entre tantos) o suplente não pode substituir pelas mesmas razões da renúncia do titular: corrupção. E mais, o tal suplente de senador, cargo inexplicável do ponto de vista eleitoral e trabalhista tem a função “fantasma” da campanha eleitoral, ou seja, não precisa aparecer. O suplente não faz campanha, não vai às ruas e muito menos fala com eleitores. Aliás, o eleitor nem sabe que ele existe. E como ele entra nessa? Simples: basta ser amigo intimo ou qualquer pessoa da família do candidato ao Senado ou ser alguém que banque a campanha (financeiramente) do senador X ou Y que o cargo já é dele. Tem caso de alguns senadores que nem tem idéia de quem são seus suplentes. Imaginem... se eles não sabem quem paga parte de sua campanha eleitoral que dirá das negociatas realizadas com formações de rede?
No site do próprio Senado (www.senado.gov.br) tem a parte histórica da constituição dessa Casa que tem suas raízes na tradição greco-romana, inspirada na Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha e influenciada pela doutrina francesa de divisão e harmonia dos poderes do Estado e dos direitos dos cidadãos. Em Roma o Senado (após 510 a.C) era a mais alta autoridade do Estado. Fiscalizava os cônsules, autoridades executivas máximas –, controlava o Judiciário, as finanças públicas, as questões religiosas e, sobretudo, dirigia a política externa, inclusive em seu componente militar.
Claro que sabemos que a universidade da cleptomania no Brasil não é de hoje e que tem suas raízes desde a primeira sessão ordinária do Senado do Império, realizada em maio de 1826, quando foi formada a primeira Mesa Diretora da Casa. No entanto, o que mais nos assusta como brasileiro e eleitor é saber que sendo o Senado uma consolidação do exercício da democracia esteja ele, neste momento, sem moral, enfraquecido, decaído no seu propósito e na sua missão como instituição representativa da sociedade.
Vale a pena refletir... para depois agir!
segunda-feira, 9 de julho de 2007
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O pior Teresa é que o esculacho é tão grande que se "gritar pega ladrão" vão se olhar e morrer de rir!
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